Como identificar e tratar a conjuntivite em gato?

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

Como identificar e tratar a conjuntivite em gato?

Comum a humanos e animais, a conjuntivite é uma inflação da conjuntiva, membrana fina que recobre a parte branca dos olhos e a parte interna das pálpebras. Gatos também estão sujeitos a apresentarem o problema, principalmente os filhotes. Os sintomas são variados e bastante incômodos para eles, que não costumam  externar quando estão doentes. Levar as patinhas aos olhos e piscá-los incessantemente são algumas pistas.

Por isso, os tutores devem ficar atentos a outros sinais como vermelhidão nos olhos, pálpebras inchadas, excesso de secreção (remela), secreção amarelada ou escura e coceira nos olhos, lacrimação constante, olhos com mancha, dificuldade para abrí-los e mantê-los abertos e fotofobia. É comum em felinos, mas não dispensa a consulta ao médico veterinário tão logo esse quadro se apresente.

Conjuntivite em gato pode afetar os dois olhos

A doença pode afetar um ou ambos os olhos do gato e se manifesta nos tipos infecciosa e não infecciosa. A primeira é contagiosa e causada por vírus, fungos e bactérias. Pode ser transmitida do gato para outros animais e, em alguns casos, também para pessoas. Gatos com baixa imunidade, filhotes e os que vivem na rua são mais propensos a essa infecção. Um reforço vitamínico, sob orientação médica, contribui para torná-los mais resistentes.

Entre as infecciosas, a clamidiose felina é a mais grave. Os sintomas são febre alta,  perda de  peso, letargia e secreção nasal. Se não for tratada, pode levar à cegueira. A bactéria chlamydophila felis  se instala no globo ocular por meio do contato do gato com outro colega contaminado. Considerada uma zoonose, pode ser transmitida a seres humanos.

Diagnóstico feito por veterinário especialista em oftalmologia

Um veterinário oftalmologista é fundamental para confirmar esse diagnóstico. Será preciso verificar se a visão e a estrutura dos tecidos estão preservadas. Os exames complementares que  podem ser solicitados são os de sangue, medição da produção de lágrimas e da pressão intraocular, coloração da córnea e biópsia conjuntival. Tanto para as bacterianas quando para as virais, o tratamento dura, em média, 15 dias e é feito com o uso de antibióticos.

O herpesvírus felino, também contagioso, é a causa mais comum da conjuntivite em gatos. O vírus leva à síndrome respiratória felina, cujos sintomas são secreção nasal, espirros e perda de apetite.  Assemelha-se a um resfriado em humanos, é mais comum se manifestar no inverno e responde por 80% das infecções respiratórias em felinos. A contaminação ocorre pela exposição do gato a secreções nasais e oculares de outros gatos infectados. Antivirais de uso tópico, como colírios e pomadas, são usados no tratamento.

Conjuntivite não infecciosa tem causas diversas

As não-infeciosas são provocadas por fatores tais como poeira, alergias, contato com produtos químicos, traumas e clima seco. A medicação é específica para cada caso. As de fundo alérgico, por exemplo, são debeladas com corticoides e antialérgicos. Corpos estranhos e problemas anatômicos podem exigir intervenção cirúrgica. A duração do tratamento depende do agente causador e da resposta do gato.

É preciso ter muito cuidado antes e durante e após a aplicação dos medicamentos veterinários na vista do animal. Em primeiro lugar, os olhos devem ser limpos com uma gaze umedecida em soro fisiológico ou água fria. Usar compressas diferentes para cada um dos olhos, se for o caso, é outra precaução. Já o algodão não é recomendado pois pode deixar resíduos no olho que farão o problema se agravar.

Vacinas polivalentes garantem proteção

O tratamento deve ser seguido à risca, conforme a prescrição do veterinário. Mesmo que o gato apresente melhora antes do prazo estipulado para o uso da medicação. Importante ainda é mantê-lo longe de outros animais, sobretudo se houver outro pet dentro de casa.

A prevenção da conjuntivite felina se faz com a aplicação de vacinas polivalentes. A V3 imuniza contra o herpesvírus felino, entre outros. A V4  protege da clamidiose felina. A V5 tem a mesma função da anterior e também age contra a anemia felina , a FeLV. A doença compromete o sistema imunológico do gato, deixando-o  mais vulnerável a infecções. Todas elas são destinadas a gatos filhotes e devem ser dadas em três doses, aos dois, três e quatro meses de vida, respectivamente.

Mais lidas

OUTRAS NOTÍCIAS