Dormir com cães na cama se tornou um costume comum para muitos donos de pets. É confortável, uma forma de dar carinho e uma companhia para as noites de sono. Porém, há um problema, já que no inverno esse hábito pode causar riscos para os doguinhos.
Nesta estação, os humanos utilizam cobertas grossas para se esquentar na madrugada fria, podendo dificultar a movimentação e a saída do cachorro no momento em que sentir calor. Isso acontece facilmente porque a sensibilidade do cão é maior que a nossa, por conta da temperatura corporal mais alta.
O Correio Braziliense recolheu informações de Katy Alexander, líder de pesquisa veterinária no Reino Unido, em entrevista ao jornal The Telegraph, que reforçam a importância da atenção para esse costume.
“Cães muito pequenos, filhotes, cães idosos e cães com artrite ou outros problemas de mobilidade podem ter dificuldade para encontrar uma saída segura se estiverem com muito calor. Cobertores que podem ser muito pesados para permitir a saída segura devem ser evitados. Cobertores aquecidos podem causar queimaduras e o fio elétrico representa perigo se mastigado”, conta Katy.
Ela também ressaltou que buldogues franceses e pugs têm maior chance de superaquecimento, por contarem com braquicefalia, uma anomalia genética que causa má-formação dos ossos do crânio e prejudica na respiração, consequentemente favorecendo o aumento do calor corporal.
Karly Smith, especialista em comportamento animal da Blue Cross, também explicou ao jornal inglês que é possível de perceber quando um cão estiver superaquecendo, sendo a agitação corporal um exemplo disso. “Cães que estão começando a superaquecer vão ofegar e ficar agitados; se você perceber isso, recomendados remover o edredom ou o cobertor imediatamente”, afirmou.
“Haverá alguns cães que gostam de se aconchegar sob um edredom e, se isso é algo que eles querem fazer, tudo bem, mas é importante não forçar nossos cães a fazer coisas com as quais não estão familiarizados ou que podem achar assustadores”, salientou Karly.
