A pandemia e o boom de novos tutores vêm sendo determinantes para transformar o perfil do consumidor pet. Dados de uma pesquisa da Comissão de Animais do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) relativos a 2021 reforçam essa tese e ajudam a orientar as estratégias de gestores de pet shops e clínicas veterinárias.
Os números evidenciam a associação entre os novos tutores e o crescimento do setor. Dos atuais donos de animais de estimação no Brasil, 23% passaram a ter seu primeiro bichinho durante o período da pandemia. A receita com a venda de produtos e serviços, por sua vez, aumentou 27%. Confira outros insights do estudo, que contou com 2 mil entrevistados.
Gatos ganham espaço no perfil do consumidor pet
O perfil do consumidor pet indica a preferência ainda majoritária por cães, presentes em 44% dos lares brasileiros. Já o índice de residências com gatos não passa de 21%. No entanto, 55% dos novos tutores optaram pelos felinos e apenas 35% escolheram cachorros no último ano. Chamam também a atenção os 7% que decidiram encher a casa ao adquirirem ambos os animais.
Adoção segue em alta
Pet shops que investem em serviços de adoção acertam na estratégia, mas especialmente quando o animal em questão são os gatos. Enquanto 76% desses bichinhos foram adotados ou resgatados no período, o percentual entre cachorros chegou a apenas 42%.
Faixa etária média dos pets
Já em relação à faixa etária, os animais mais jovens seguem em maioria na cesta do consumidor pet. De cada 100 cães e gatos que ganharam um lar no ano passado, 79% tinham até um ano de idade.
Critérios diferentes na escolha das raças
O perfil do consumidor pet apresenta uma diferença marcante no quesito escolha das raças. A maior parte dos cães (53%) adquiridos na pandemia tinham raça definida. Em contrapartida, o percentual entre os gatos cai para 24%.
Despesas médias
O faturamento do mercado pet ultrapassou R$ 51,7 bilhões em 2021, contra R$ 40,8 bilhões do ano anterior. Mas é o tutor de cães que mais movimenta os negócios. Entre esse público, a compra de alimentos, acessórios e serviços estéticos resultou em uma despesa média mensal de R$ 225 por consumidor. Os donos de felinos são mais comedidos e gastam em torno de R$ 167.
Fonte: Panorama PetVet
