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Mercado de ração animal é alvo de investimentos bilionários

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Mercado de ração animal

De 2021 para cá, o mercado de ração animal foi a menina dos olhos dos negócios pet, atraindo R$ 2,5 bilhões em investimentos. Esses aportes são de empresas já consagradas no setor que buscam ampliar sua atuação. As informações são do Valor Econômico.

O montante atual já impressiona, mas a promessa é de uma injeção maior de recursos até o fim do ano. A Mars, conglomerado responsável pelas marcas Cesar, Pedigree e Whiskas, instalará maquinário e sistema de automação em sua nova fábrica em Ponta Grossa (PR), ao custo de R$ 200 milhões.

A planta, que será dedicada à fabricação de ração úmida para cães e gatos, já havia demandado R$ 165 milhões para sua construção. Com previsão de entrega apenas no primeiro trimestre de 2024, essa será a quarta fábrica do grupo dedicada ao mercado pet.

Outros players também investem no mercado de ração animal

Quem pensa que a Mars está sozinha no movimento de expansão se engana. Outros grandes players, seja do mercado de ração animal, do varejo pet ou mesmo da indústria de alimentação humana, também querem uma fatia desse market share.

R$ 1,1 bilhão. Esse foi o valor investido pela PremierPet, que controla as marcas Golden e Premier, para construir sua quarta fábrica. A planta inicialmente será dedicada aos alimentos secos.

Já a Petz, importante rede de pet shops, por meio de sua marca Zee.Dog, entrou no mercado de alimentação natural por meio de um aporte de R$ 10 milhões.

Alimentos úmidos, foco da Mars, também estão nos planos da Nestlé. Com mais de R$ 1 bilhão aplicado para ampliar sua produção até 2023, a detentora da marca Purina está erguendo sua segunda fábrica no Brasil.

Já no caso do investimento realizado pela BRF, não se sabe o valor exato. A empresa do ramo alimentício já contava com a Balance em seu portfólio e, em 2021, adquiriu o grupo gaúcho Hercosul.

Mercado tem potencial para dobrar

Segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), apenas 3,7 milhões de toneladas de ração são vendidas no Brasil. Os números, que não são baixos, podem crescer ainda mais, uma vez que, com a população atual de cães e gatos, o potencial de venda é de 8,3 milhões de toneladas.

Para 2022, a expectativa é que o mercado de ração animal apresente um aumento de 6,6% de volume vendido. Com um faturamento superior a R$ 25 bilhões no ano passado, o segmento de alimentos representou 78% da receita movimentada por todo setor pet.

E, apesar do potencial claro de crescimento, não há como fazê-lo sem novos investimentos, destaca José Edson Galvão de França, presidente da associação. “Não tem capacidade ociosa na indústria. Hoje somos o segundo maior fabricante de ração para animais”, aponta.

Pandemia impulsionou o mercado de ração animal

Se não há capacidade ociosa na indústria e o mercado tem potencial para dobrar de tamanho, um fator serviu de motor para o crescimento do consumo: a pandemia.

Segundo dados da Kantar, no pré-pandemia, apenas 35,8% dos pets tinham como principal fonte de alimentação rações industrializadas. Até março desse ano, o número cresceu para 43,8%.

Fonte: Panorama PetVet

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