A produção de rações no Brasil superou o patamar de 81,8 milhões de toneladas em 2022, segundo indicadores do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). O aumento é de 1,3% na comparação com o volume do anterior e o mercado pet é um dos principais motores.
O segmento de pets foi o que registrou avanço mais significativo no período. A evolução foi de 6,5%, o que totalizou 3,7 milhões de toneladas. “A indústria de produtos para animais de companhia também sofreu, mas ajustes foram repassados com menos dificuldade do que no caso de animais de produção”, explicou o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani.
Produção de rações pode ter 2023 desafiador
Na visão do dirigente, a produção de rações conseguiu superar um ano repleto de desafios, marcados por problemas logísticos e escassez de insumos. A guerra na Ucrânia foi determinante para um forte aumento no preço dos grãos. Outro obstáculo foi a desvalorização do real frente ao dólar, que estimulou as exportações de milho e soja.
Para 2023, a projeção de Zani é de muita fragilidade no mercado interno, o que deve comprometer o crescimento da venda de rações. “Os economistas têm falado em arrefecimento nos preços das commodities agrícolas. Mas a produção de farelo de soja, por exemplo, poderá não acompanhar a demanda”, avalia.