Posso ter um axolote como animal de estimação?

Especialistas alertam sobre preocupações com a extinção do animal

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axolote
Foto: Canva

O axolote, símbolo nativo para os mexicanos, vem ganhado popularidade entre os apaixonados pelas vidas aquáticas, principalmente entre as crianças. Luiz Zambrano, pesquisador do Instituto de Biologia da UNAM, explica à CNN que este animal se regenera de tal forma que se “qualquer órgão” for cortado, ele volta a crescer.

O especialista também diz que os axolotes são conhecidos como “Peter Pan”, pois não envelhecem. “Ao contrário de todos os anfíbios que se transformam, que passam de juvenis a adultos, este não se transforma; permanece juvenil durante toda a vida e pode se reproduzir. Tem um DNA dez vezes maior do que o de um ser humano”, conta Zambrano.

Mas apesar dessas especificações dos axolotes, será que é possível tê-los em casa?

Posso ter um axolote como animal de estimação?

Embora faça sucesso, esse bichinho está ameaçado de extinção e pode representar ameaça ao ecossistema brasileiro. Segundo o programa Fantástico, da TV Globo, a comercialização desse animal é proibida no Brasil, considerado crime ambiental, com multa de R$ 5 mil por animal apreendido. Mas é comum encontrar anúncios de criadores e vendedores ilegais.

“Muitas vezes eles entram em bagagens desacompanhadas ou até mesmo via correios, onde são camuflados em encomendas e acondicionados em sacos plásticos minúsculos com um pouco de oxigênio para que ele possa aguentar o transporte”, conta Isaque Medeiros Siqueira, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Uma das principais preocupações do órgão é o descarte de axolotes. Segundo o instituto, quando a espécie cresce, requer mais espaço e cuidados, assim, por não quererem ter todo esse gasto de cuidado, as pessoas as abandonam, o que também ocorre com outras espécies exóticas.

Uma vez liberados no ambiente natural, esses animais podem competir com espécies nativas por recursos como alimento, colocando em risco a biodiversidade local. Em casos extremos, isso pode levar ao desaparecimento de espécies nativas e comprometer todo o equilíbrio do ecossistema brasileiro.

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