O Brasil possui a terceira maior população de animais de estimação do mundo e, segundo uma pesquisa recente da Quaest, 72% das pessoas têm um animal de estimação em casa. Para alguns tutores, os bichinhos estão assumindo um papel diferente no contexto familiar, sendo considerados filhos.
Esse movimento, conhecido como pet parenting (criação de animais de estimação, em português), ocorre quando tutores adotam um papel paternal, levando em consideração os animais na hora de tomar decisões.
Segundo o psicólogo Wysllen Thayelwisk, coordenador do curso de psicologia da Estácio, esse movimento está influenciando os núcleos familiares, moldando hábitos, prioridades e interações de maneira importante.
O que é pet parenting?
Conforme informações do portal Metrópoles, a psicóloga Leninha Wagner caracteriza pet parenting preocupações com animais, como cachorros e gatos.
Esse movimento proporciona aos humanos uma forma de experimentar responsabilidades parentais e vínculos afetivos profundos, sem a necessidade de criar outro indivíduo. “A adoção de pets como ‘filhos’ pode preencher lacunas emocionais, fornecer companhia e promover sentimentos de amor e propósito”, explica.
Por que tutores criam pets como filhos?
As causas que podem levar as pessoas a optarem pela criação de um animal ao invés de um filho são muitas, como fatores econômicos, profissionais e sociais.
Leninha também destaca outra possibilidade: os animais não têm sentimentos ambivalentes como os humanos. “Enquanto os seres humanos precisam de maturidade para gerir suas emoções, como alegria e tristeza, os pets, por sua vez, não demandam esse refinamento emocional, assim não geram conflitos e nem confrontos”, avalia.
Na visão de Thayelwisk, o pet pareting está relacionado a uma adaptação às novas realidades sociais e emocionais, não tendo tanta relação com incapacidade de comunicação.