Como a falta de preços nos pet shops pode impactar sua loja

Vitrine ou prateleira da loja sem exposição dos preços? Se seu pet shop está incorrendo nessa prática, está perdendo clientes

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

Design sem nome
Foto: Canva

Vitrine e prateleira sem preços nos pet shops significa, à primeira vista, que aquele produto tem valor muito elevado. Saiba que a maioria dos consumidores que não veem essa informação tão importante desiste de explorar aquela loja física.

É comum o consumidor não levar um produto por não ter etiqueta de preço, pois, durante alguns segundos de dúvida, ele perde o impulso ou pensa que a compra pode ser muito cara. São poucos os que procuram pelo leitor de código de barras ou manuseiam o verso da embalagem. Na dúvida ou pelo medo de ser lesado, o cliente deixa para depois uma aquisição que poderia ter sido consumada naquele momento.

Os gestores tendem a pensar que, caso o valor do seu produto seja superior ao da concorrência, é melhor evitar exposição de preços. Mas quem toma essa decisão está perdendo bem mais. Os consumidores não costumam memorizar essas informações tão facilmente e não têm uma noção correta das comparações. Se eu lhe perguntar quanto você pagou pelo último sabonete que comprou, você é capaz de ser exato? A maioria tem apenas uma noção. Portanto, não fique se matando para acompanhar os centavos de seus concorrentes.

Preços nos pet shops são chamarizes nas vitrines das megastores

Para explorar da melhor forma a exposição de preços nos pet shops, as grandes redes investem nessa informação como chamariz para chamar a atenção em produtos fáceis de lembrar. Nos preços restantes, as megastores recuperam as margens perdidas. Apenas as pessoas que têm tempo e dinheiro curto atuam como “caçadores de ofertas”, capazes de desembolsar R$ 10 de combustível para economizar R$ 0,50 em outro ponto de venda.

Mesmo que seu preço não seja o melhor da vizinhança, uma placa bem visível terá poder de convencimento sobre os clientes que desconhecem os valores médios. Todo mundo pensa que só se mostra em grandes números os preços baixos, certo? Quando não se sabe o preço, se acredita nas placas exageradas.

Se colocarmos duas pilhas de produtos – uma com custo acessível e placa pequena e a outra com valor alto e placa chamativa, qual esgotará em primeiro lugar? Teste para ver.

É impressionante o número de pet shops que incorrem em erro e fico admirada quando pergunto ao lojista o porquê dessa má gestão. Alguns acreditam que o varejo pet é diferente de um supermercado qualquer e que expor a precificação seria desnecessário pela presença de funcionários atendentes. Trata-se de uma imprudência.

Todas as lojas devem precificar TODOS os seus produtos. Caso contrário, estaremos lançando dúvidas sobre um consumidor, com desistência quase certa. Os PDVs precisam estar sempre preparados para o AUTOSSERVIÇO.  Caso seis clientes adentrem a loja física ao mesmo tempo e o estabelecimento só conte com quatro atendentes, lá se vão outros dois consumidores que não conseguiram cumprir sozinhos a sua jornada de compra.

Não se esqueça que moradores das grandes capitais estão plenamente acostumados ao autosserviço e parte desse público demonstra incômodo ao presenciar um atendente “colado” durante sua experiência. Sabemos que os self-checkouts não vivem seu melhor momento, mas isso é um sinal diferente. Muitos deles não funcionam bem e a população não se habituou ainda ao processo.

O que o consumidor quer é encontrar rapidamente a categoria (corredor correto) depois o produto, checar o preço, comparar os valores entre produtos, e passar no caixa rapidamente sem perturbação. Se sua loja não está conseguindo entregar isso, mexa-se.

Outros especialistas

Sergio Lobato

Os novos desafios da gestão técnica no mercado veterinário

OUTRAS NOTÍCIAS