Cadastro Nacional de Animais Domésticos preocupa setor

Entidades questionam aspectos técnicos e de benefícios ao bem-estar animal

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cadastro nacional de animais domésticos
Foto: Freepik

A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) e o Instituto Pet Brasil (IPB) manifestaram preocupação com a regulamentação da Lei 15.046, assinada pelo governo federal em dezembro de 2024, que autoriza a criação do Cadastro Nacional de Animais Domésticos.

Alertas sobre Cadastro Nacional de Animais Domésticos

Ausência de clareza

Segundo publicação do portal Agrolink, o texto não define de forma clara a finalidade do cadastro. Ou seja, não se sabe se servirá para melhorar a saúde pública ou para criar novas políticas públicas.

Possível sobrecarga do sistema

Outro ponto de atenção, que já foi vivenciado em experiências anteriores semelhantes, é a sobrecarga do sistema que administrará o cadastro. O Sistema de Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que já apresenta desafios operacionais, pode não ser capaz de lidar com a alta complexidade da demanda.

Dificuldade na operação

A exigência de registros individuais para cada animal doméstico, incluindo peixes ornamentais, aves e pequenos mamíferos, levanta dúvidas sobre sua viabilidade. A proposta desconsidera a logística envolvida, especialmente para tutores que possuem diversos animais.

Divergência no projeto

Embora o projeto de lei tenha sido aprovado, ainda está em debate a possibilidade de restringir o cadastro apenas para cães e gatos, o que poderia modificar significativamente seu impacto.

Entidades do setor defendem que políticas públicas voltadas aos animais devem priorizar o bem-estar e serem elaboradas com base em discussões técnicas e transparência. O foco deve ser a eficiência e o impacto positivo para os tutores e seus pets.

Alerta internacional

Em países como Alemanha, Holanda e Inglaterra, sistemas semelhantes começaram como ferramentas de controle populacional de animais, mas evoluíram para a imposição de taxas elevadas. Atualmente, os tutores podem pagar até 5 mil euros anuais, o equivalente a R$ 30 mil.

 

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