Como saber se o cachorro vai morder?

É possível saber que um cachorro vai morder a partir de alguns sinais corporais e comportamentais do bichinho. Quando ele não gosta de uma pessoa, ou alguém está fazendo graça e o irritando justamente para vê-lo revoltado, é comum que ele tenha esse comportamento.
Quase nunca a mordida é uma ação comum e sem motivo para o cão. Geralmente, é um comportamento influenciado por algo que ele não gostou. Até por isso, além do perfilamento corporal e das formas como está agindo, dá para presumir que o cachorro vai morder pelas ações das pessoas ou dos cães em sua volta. Veja a seguir quais são os principais sinais que os cães emitem quando querem atacar.
5 sinais de que o cachorro vai morder
• Rigidez corporal
Um dos principais sinais que antecedem uma mordida é quando o corpo do cachorro enrijece. É como se ele fincasse em uma posição e não se movimentasse mais, já que mantém todos os membros tensionados e rígidos. A partir desse momento, o canino ativa seus instintos da natureza e mostra que não quer brincar, mas pode até morder para afastar seu problema.
Ele fica com a coluna levemente arqueada, rigidamente fixada. Além disso, fica com o rabo também tensionado, posicionado na altura do corpo. Sua cauda “alta”, neste caso, não significa que ele quer brincar. Muito pelo contrário.
• Pelos arrepiados
Quando o cachorro vai morder é normal que seus pelos fiquem arrepiados. Esse é um comportamento natural de seu corpo que é refletido no momento em que está com medo ou se sente ameaçado. Sendo assim, há a possibilidade de ele querer atacar se estiver com os pelos eriçados.
Obviamente, não é sempre que a pelagem arrepiada representará isso. Por isso, é necessário observar os sinais em conjunto. Se ele estiver com uma postura tensa, e esse comportamento se sobressair, provavelmente ele está irritado e pode avançar. Lembrando que o cão pode ficar tanto com a pelagem inteira arrepiada, quanto apenas algumas partes do corpo em específico.
• Orelhas para frente
O perfilamento das orelhas é muito mais importante do que se pensa quando o assunto é comportamento e linguagem canina. Um exemplo disso é que, um cachorro que vai morder, geralmente, dobra a região das orelhas para frente indicando que está prestes a estourar seu limite.
Em algumas raças, pode ser que a orelha dobre para trás, e não para frente. Independente disso, é importante ficar atento ao movimento dessa região nos cães para se proteger ou proteger as pessoas em volta de um ataque.
• Olhos fixados no alvo
Pode ser que antes de morder, o cão fixe o olhar na pessoa, quase como se estivesse a alvejando. É fato que os cães tentam evitar contato visual a todo tempo quando não gostam de alguém, porém, quando a pessoa ultrapassa o limite de paciência do cão é normal que ele passe a encarar o alvo.
É recomendado que a pessoa que estiver nessa situação não se aproxime do cachorro para evitar uma mordida. A partir desse momento, a agressividade do pet estará à tona e qualquer ação pode ser por estar muito bravo com algo.
• Rosnados e “sorrisos”
Antes de morder o cachorro pode rosnar e “sorrir”. Isso porque eles deixam os dentes à mostra, como se fosse um sorriso, mas na verdade com um comportamento e uma ideia totalmente contrários ao de quando o cachorro sorri.
Já os rosnados são mais tradicionais, e é um som muito comum de quando tem algo de errado com o cachorro. Eles só fazem esse barulho quando há um motivo, podendo ser a mordida o resultado disso.
Como lidar com o cachorro que morde?
Será que tem forma de amenizar o comportamento do cão que morde? Sim. A principal resposta para isso é através do adestramento. O tutor e a família devem, além de não incentivar esses maus hábitos aos cães, promover técnicas de reforço positivo. Dessa maneira, ele entenderá que fez certo e recebeu em troca algo bom, e não que errou e recebeu algo ruim – como no caso de punições e castigos.
Não seja invasivo com o cachorro quando este é um comportamento comum em seu dia a dia. Respeite seu espaço e adapte aos poucos novos hábitos para que ele pare de morder. É comum que cães recém-adotados ou que sofreram maus tratos levem isso como algo normal, e isso pede que a família procure um adestrador para cuida-lo.