Conheça as regras de boa convivência dos pets em condomínios

Não há nada melhor do que ter um animal de estimação em casa. Porém, para quem tem pets em condomínios, essa facilidade de acessar todas as áreas não é tão simples, pois é necessário obedecer às regras de convivência. Elas variam dependendo do prédio, para que todos possam ter tranquilidade e espaço para brincar.
Antes de entender como são essas regras de boa convivência, é necessário conhecer como é esse universo. Levantamento realizado pela uCondo, startup que desenvolve plataformas de gestão para condomínios, mostra que no primeiro semestre de 2023, 69,4% dos animais de estimação registrados em condomínios no Brasil são cães. A pesquisa, realizada em mais de 3,5 mil condomínios onde estão cadastrados mais de 23 mil pets, também indica que 27,5% são gatos.
Entre as principais reclamações relacionadas aos pets estão o barulho, a sujeira nas áreas comuns e a intolerância. Em muitos casos, alguns locais decidiram criar espaços pet – uma área específica para os animais. “Porém, é necessário que essa demanda reflita a vontade da coletividade, devendo ser deliberada em assembleia”, destaca Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche, especializado em administração de condomínios.
Os espaços pet disponibilizam bebedouro para os animais, lixeiras e saquinhos para a recolha de fezes. Brinquedos para os pets também podem ser instalados.
Regras para os tutores de pets em condomínios
É importante saber que todos têm direitos e deveres, tanto tutores quanto os pets. Luciana explica que ninguém está proibido de ter um animal de estimação ou que ele circule nas áreas comuns do condomínio. “As regras dos condomínios têm como objetivo especificar as áreas de uso exclusivo e comum e regular a convivência entre todos, para que essa seja a mais tranquila possível”, diz.
Os tutores devem estar cientes de responsabilidades como a de que seu pet não pode perturbar o sossego dos demais moradores, incluindo barulho, higiene, comportamento e dejetos em área comum. Outra responsabilidade do tutor é a de manter a vacinação e a vermifugação em dia.
Também se deve usar coleira ou guia aos transitar pela área comum, durante a entrada e saída do condomínio, e em públicas, é claro. Essa conduta protege o próprio tutor e seu pet, bem como outros animais e pedestres. Também é fundamental recolher os dejetos do seu animal imediatamente, para evitar mau cheiro e a proliferação de doenças.
Dicas de cuidados
Sempre utilize coleira ou guia no animal, de preferência em uma guia curta, para manter o pet próximo a você nas áreas comuns do condomínio.
- No caso de cães agressivos e outras raças especificadas em lei, é preciso também que o animal use a focinheira para evitar acidentes e trazer segurança aos conviventes.
- Utilize telas de proteção nas janelas e sacadas para a segurança do pet.
- Se for viajar ou ficar muito tempo fora de casa, não deixe o animal sozinho trancado no apartamento, o que pode inclusive configurar maus-tratos.
- Cuide da higiene do apartamento e do animal. Acúmulo de sujeira ou propagação de cheiros desagradáveis, além de ser incômodo para os vizinhos, pode também impactar em questões sanitárias e obrigar o síndico a adoção de medidas.
- Os pets não devem ficar nos corredores nem nas áreas comuns, a menos que estejam em trânsito de entrada/saída;
- Imprevistos podem acontecer, mas, nesses casos, sempre limpe os dejetos que seus animais deixarem nas áreas comuns, imediatamente.