A produção brasileira de ração foi impulsionada principalmente pelo setor de animais de estimação em 2023. É o que diz o levantamento Alltech Agri-Food Outlook 2024, que reuniu dados de 142 países e mais de 27 mil fábricas de ração. As informações são do portal Agrimídia.
No ano passado, o Brasil consolidou-se como o maior produtor de pet food da América Latina e o terceiro maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O país encerrou 2023 com 1,5 milhão de toneladas, representando um crescimento de 1,84% em relação a 2022. Globalmente, a produção de ração ficou estável em 1,29 bilhões de toneladas, com uma ligeira queda de 140 mil toneladas.
O setor de animais de companhia foi o principal motor para o crescimento, seguido pela nutrição de frangos de corte, aquicultura, suínos, aves de postura e equinos.
Paraná lidera produção de ração no Brasil
Principal produtor de proteína no país, o Paraná registrou um abate de 2,155 bilhões de frangos em 2023, o maior volume já alcançado na história do estado. “Com a gripe aviária controlada, a produção não foi afetada, o que permitiu a abertura de novos mercados e resultou em um aumento nas exportações de aves e no consumo interno, elevando a produção de ração”, afirma Fábio Mezzadri, técnico do Sistema FAEP/Senar-PR.
Além disso, segundo Nicole Wilsek, técnica do Sistema FAEP/Senar-PR, o aumento no abate de suínos e aves elevou a oferta de subprodutos para a alimentação de animais de estimação. “Esses subprodutos, que antes seriam descartados, são de extrema importância para a produção de pet food devido ao seu alto valor nutritivo”, reforça.