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Pets não fogem da inflação e alta da alimentação chega até 80%

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A ração para pets já teve reajustes que chegam a 80% entre o ano passado e neste primeiro trimestre. Mesmo assim, é esperado mais aumento no valor dos produtos. A culpa, segundo a Associação Brasileira de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), é da guerra na Ucrânia, que vem encarecendo matérias-primas em torno de 40%, como milho, arroz, trigo e farinha de proteína animal.

O aumento já supera o crescimento do setor em 2021, de 33%, fazendo com que os preços já mostrem defasagem. Para o proprietário de um pet shop no Anhangabaú, Guilherme Borges Feliu, já há diferença nos preços dos produtos que revende. “A maioria das fabricantes reajusta a cada dois meses. Algumas rações já tiveram uns 70%, 80% de aumento desde o ano passado. Tem cliente que reclama porque pagava R$ 70 e agora paga R$ 120 em um pacote de ração. Os produtos sobem pelo menos uns 10% por mês há algum tempo, aí acumula. E mesmo com a diminuição do dólar, não abaixa.”

Feliu trabalha com rações mais caras e algumas marcas importadas que chegam a custar R$ 460, mas conta que os clientes têm buscado economia. “Tem cliente que comprava importada e agora compra uma nacional, com a mesma qualidade. Tem saco de ração importada que custa R$ 430, R$ 460, então as pessoas migraram para opções mais em conta.”

MUDANÇA DE HÁBITO

A veterinária especializada em nutrição de cães e gatos, Ana Beatriz Fasolai, diz que até há alternativa para a ração, mas acaba sendo mais cara. “Tem a alimentação caseira cozida ou crua, no entanto, a dieta caseira tem saído mais cara que a alimentação pronta super premium, principalmente pelo preço da carne e por ter que ser fornecida em maior volume do que a ração. O alimento seco comercial é balanceado se tiver um manejo correto.”

Ela alerta ainda para a alimentação incorreta. “Toda alimentação precisa ser balanceada. No geral, a alimentação caseira, popularmente conhecida como natural, precisa de uma suplementação de vitaminas e minerais para o indivíduo não ter deficiência nutricional e ter desnutrição, obesidade ou problemas nos ossos, nos pelos. Esses problemas podem demorar para aparecer em adultos, mas em idosos e filhotes aparecem antes.”

Fonte: Jornal de Jundiaí

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