
Uma pesquisa inédita da Opinion Box avaliou o perfil dos tutores de pets e atestou a importância crescente dos animais nas rotinas de seus donos. O levantamento reuniu mais de 1 mil entrevistados em todas as unidades da Federação.
De acordo com o estudo, 82% dos tutores disseram se considerar mais felizes com a presença de cães e gatos em casa. Segundo Pedro D’Angelo, líder de marketing da Opinion Box, não é à toa que o país ocupa o terceiro lugar no mundo com uma população de 160 milhões de pets.
O consultor ainda destaca um aspecto que ratifica a paixão dos brasileiros pelos filhos de quatro patas – 77% revelaram gastar o dinheiro que for necessário para mantê-los saudáveis. ‘’Isso mostra que eles não medem esforços para oferecer a melhor vida aos seus bichinhos. Na lista de produtos comprados para os pets no primeiro trimestre, 89% dos tutores direcionaram os gastos para ração, 48% para xampus ou produtos de higiene e 43% para brinquedos”, pontua.
Tutores de pets abrem o bolso para medicamentos e serviços
Mais atentos à qualidade de vida de seus bichinhos, os tutores de pets enumeraram suas prioridades de gastos entre janeiro e março deste ano. Segundo a pesquisa, 49% compraram remédios, 47% despenderam recursos com vacina, 46% pagaram por serviços de banho e tosa, enquanto 40% financiaram consultas veterinárias. Em relação ao quesito saúde, a maioria dos donos (28%) desembolsou de R$ 51 a R$ 100, e 19%, de R$ 101 a R$ 200.
Na categoria alimentação, para 60% deles, a faixa de gastos variou de R$ 51 a R$ 200. Entre R$ 201 e R$ 300 foram disponibilizados por 18%, seguido por 7% que canalizaram de R$ 301 a R$ 500 do orçamento para itens de saúde e apenas 2% gastaram acima de R$ 500.
A ração é o principal item de alimentação dos pets para 74% dos tutores. As marcas mais consumidas são Pedigree (73%), Golden (57%) e Dog Chow (51%) para cães; e Whiskas (69%), Friskies (57%) e Golden (48%) para gatos. “As duas espécies são predominantes nos lares brasileiros. Os tutores de cachorro representam 74% dos entrevistados e 35% convivem com gatos. Mas há ainda criadores de aves, peixes, tartarugas, coelhos, hamsters, cobras e lagartos”, observa D’Angelo.
Tutores defendem punição mais severa para quem maltrata animais
Ambientes pet friendly são fator que influenciam a decisão dos consumidores. A pesquisa apurou que 45% dos tutores questionados deixaram de ir a algum lugar por não aceitarem animais. Entre eles estão hotéis/pousadas (49%), restaurantes/lanchonetes (47%) e casas de amigos/parentes (30%). Aparecem ainda lojas e shoppings (27%) e prédios públicos (19%).
Instados a opinar sobre as leis de proteção animal no país, os tutores (64%) consideram que elas não são suficientes. Entre as opções apresentadas para que os animas vivam com mais segurança no país, 45% defenderam punição mais severa para quem os maltrata. Para 22% deveria haver acesso ampliado para remédios/vacinas e 14% propuseram maior conscientização sobre adoção.
Os dados foram coletados pela Opinion Box em março deste ano e a margem de erro é de 3,1 pontos percentuais. O perfil dos entrevistados abrangeu 47% de homens e 53% de mulheres, sendo 16% da classe AB e 84% da classe CDE, e faixa etária de 16 anos a 50+, distribuídos pelas regiões Sudeste (43%), Nordeste (25%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e Norte (8%).