A participação do mercado pet no PIB brasileiro é a maior do mundo entre os dez países com maior faturamento no setor. Os dados integram uma análise da Vetnil a partir de indicadores do Banco Mundial e da Euromonitor e foram apresentados durante convenção da Andipet em São Paulo (SP).
A representatividade do segmento chega a 0,39%. O percentual era de 0,36% há três anos, mas suficiente para posicionar o setor imediatamente à frente dos mercados de utilidades domésticas e automação industrial. Duas nações da América Norte ocupam o segundo e terceiro lugares – Estados Unidos e Canadá, com 0,26% e 0,23%, respectivamente. A Ásia está na lanterna, com Japão e China.
Peso do mercado pet no PIB por país
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A chegada do Brasil ao terceiro posto em população de pets no planeta, inferior apenas à dos Estados Unidos e Canadá, ajuda a explicar essa condição. O mercado pet no país também tem a seu favor a capilaridade e o volume de estabelecimentos – hoje em torno de 285 mil. “E são os microempreendedores individuais os que mais movimentam a economia setorial, totalizando 49% da receita setorial”, pontua Roberto Claret, consultor de marketing e relacionamento do Sebrae.
Pet shops pequenos e médios ditam a economia do setor
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A análise por categoria de produto ou serviço revela mais um potencial de evolução do mercado pet. O pet food responde por 55% do faturamento, bem acima da categoria de pet vet e atendimentos veterinários (19%) e da venda de animais (11%).
“Essa concentração do setor de nutrição animal mostra como outras áreas ainda precisam ser mais bem exploradas, num mercado que apresenta crescimento real acima da inflação há três anos consecutivos”, argumenta Cristiano de Sá, diretor de marketing da Vetnil.
Sá, no entanto, faz uma ponderação. O setor pet cresceu 28% nos últimos dois anos, enquanto o PIB do país avançou somente 7,5%. “Isso significa que o nosso mercado “roubou” o PIB de outras atividades econômicas. No momento em que esses outros segmentos retomarem suas margens, a tendência é que a participação caia, o que indicaria que há um limite do setor para crescer”, observa.
