
Fevereiro Laranja é uma campanha de conscientização sobre a leucemia felina (FeLV). Com o propósito de informar tutores sobre a importância do diagnóstico precoce e da vacinação, a iniciativa mostra que adotar alguns cuidados ajuda na prevenção e controle dessa doença viral grave, que pode causar complicações como anemia e câncer.
Fevereiro Laranja: saiba tudo sobre a doença
O que é a leucemia felina?
A leucemia felina (FeLV) é uma doença viral contagiosa que afeta os gatos. “Ela enfraquece o sistema imunológico do animal e pode provocar cânceres e outras complicações graves”, diz Aline Maria de Matos, médica veterinária e preceptora de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da Uniube (HVU).
Como o pet se infecta?
A principal fonte de infecção é o felino infectado, que pode eliminar até um milhão de partículas virais por ml de saliva. “O contato íntimo entre gatos e o compartilhamento de bebedouros e comedouros são as principais formas de contaminação”, explica.
Segundo a especialista, a doença também pode ser transmitida aos filhotes via passagem transplacentária ou pelo leite materno. Outra forma de transmissão é pela transfusão sanguínea.
Principais sintomas da FeLV
Os sinais da doença dependem dos órgãos afetados e das alterações causadas pelo vírus. Entre os mais comuns estão perda de peso, apatia, anorexia, vômitos, diarreia, anemia e linfomas.
“O vírus também pode afetar os sistemas nervoso e oftálmico, provocando mudanças de comportamento, cegueira, ataxia, tetraparesia, paraparesia e anisocoria. Como a doença pode ser assintomática, a observação constante do tutor é essencial”, pontua.
Importância da vacina e do diagnóstico precoce
A vacinação é a forma de prevenção mais eficaz. “Antes de vacinar, é necessário testar o animal para confirmar a ausência de infecção. O imunizante é aplicado em duas doses iniciais, seguidas de reforços anuais”, conta a especialista. Além da vacinação, a castração também pode evitar que o animal seja infectado.
O diagnóstico precoce é crucial para detectar a doença e realizar o tratamento o mais rápido possível. “O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue específicos, como o teste ELISA ou o de imunofluorescência, que identificam a presença do vírus ou de anticorpos”, conta Aline.
“Meu gato foi diagnosticado com FeLV”
- Promova um ambiente tranquilo para que o animal não tenha contato com gatos infectados;
- Mantenha uma alimentação equilibrada para prevenir infecções secundárias;
- Realize exames regulares para tratar complicações.