Devo ou não levar o meu pet em viagens de férias?

As viagens de férias são momentos muito aguardados pelas famílias. E no caso dos tutores de pets é necessária muita organização, já que nem sempre é possível levar os animais para alguns lugares.
Se a opção for de não levar o pet junto na viagem, primeiramente é preciso analisar a espécie, pois gatos e cachorros possuem comportamentos distintos. Quando se trata de felinos, deixá-los em casa é aconselhável porque eles se estressam com facilidade devido às mudanças de ambiente, salvo raras exceções, e podem desenvolver doenças por conta do estresse e da queda de imunidade.
“Gatos não gostam de mudanças ambientais, então é aconselhada a visita de pet sitter ou alguém de confiança. É necessário lembrar que, apesar de mais independentes, eles gostam de companhia. Então quem for visitar deve gastar um pouquinho do seu tempo para brincar e fazer carinho”, explica Alessandra Ventura, professora doutora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesuca.
Já os cães podem ser levados para hotéis para pets, onde vão ter mais atenção. Segundo Alessandra, eles não devem passar mais de seis horas por dia sozinhos. “Por isso que duas visitas de uma hora quando se contrata um pet sitter pode não ser o suficiente. Nesses locais de hospedagem, costuma haver passeios e rotinas de brincadeiras com os cachorros”, afirma.
Quero levar meu pet nas viagens, o que devo fazer?
Em relação aos cães, tudo depende do seu comportamento. Por exemplo, animais muito ansiosos em viagens de carro ou avião e já acostumados com hotéis, é uma boa opção deixar na própria cidade. Já aqueles com ansiedade de separação, o ideal é serem levados juntos aos seus tutores.
E mesmo que o pet seja acostumado com viagens, o tutor deve tomar alguns cuidados, conforme explica a especialista. “Jamais leve o seu animal sem identificação e microchip. Eles são extremamente importantes para casos de fuga, já que o local será diferente e o animal pode se perder com facilidade caso haja um acidente”, sugere a médica veterinária.
Além das vacinas e antiectoparasitários, o dono deve pesquisar sobre clínicas para atendimento na região e ter certeza sobre quais locais são pet friendly, além de saber se o hotel em que irá se hospedar permite que o animal fique sozinho no quarto.
“A carteira de vacinação deve estar atualizada e o animalzinho também deverá passar por uma consulta com um veterinário para emissão da guia de transporte animal, que permite que esse pet viaje. Para lugares internacionais, são necessários alguns exames como testes para leishmaniose e raiva, além de colocação de microchip.”
Saúde mental dos animais na ausência dos donos durante a viagem
Se for deixar gatos ou cães com parentes ou amigos, é necessário que o animal esteja familiarizado com a pessoa que ficará responsável, do contrário, a saúde mental poderá ser afetada.
Mesmo os cães que se adaptam mais rápido, a mudança pode gerar estresse, então é preciso ter cuidado para não haver alterações na alimentação. “O estresse costuma diminuir a imunidade e pode gerar uma disbiose, alteração no trato gastrointestinal, que leva à diarreia, podendo evoluir para casos mais graves como vômitos e posteriormente, necessidade de internação”, afirma.
“Lembrando que eles também devem ter todas as vacinas (polivalente, raiva e gripe) em dia. O dono deve se certificar que o antiectoparasitário (responsável por evitar pulgas, carrapatos e mosquito) esteja em dia. E é aconselhável levar cama e/ou coberta com o cheiro do tutor, para facilitar a mudança de ambiente e deixá-lo mais confortável”, indica a especialista.