A atenção aos assuntos regulatórios na indústria pet fez o conceito de gestão da qualidade ganhar nova dimensão ao longo dos anos. Agora estamos na era da qualidade total, que assegura um enfoque especial para o cliente, tornando-o centro das atenções das empresas que trabalham constantemente para satisfazer às suas expectativas.
Portanto, é necessário pensar sobre os processos relacionados à gestão da qualidade de forma sistêmica e como responsabilidade de toda a empresa. Para a sobrevivência do setor de saúde animal, tornaram-se vitais o planejamento e a organização entre as áreas funcionais da indústria, em substituição à antiga prática de administrá-las separadamente.
O segmento de saúde certamente é um dos mais regulamentados no país. O mesmo acontece com a medicina veterinária, que cresce a cada ano tanto em faturamento global como em número de profissionais e estabelecimentos, sempre em busca da tão falada e sonhada qualidade.
Em especial, as regulamentações sanitárias têm foco na segurança e eficácia dos processos. É fundamental que haja conhecimentos e preparação regulatória para montar uma empresa e estabelecer um negócio, bem como trazer esse tema à tona para uma companhia já constituída.
Assuntos regulatórios são também ferramentas de marketing
Certas adequações, gastos e investimentos não representam apenas requisitos de qualidade, mas também assuntos regulatórios estratégicos. Certificações e licenças sanitárias são necessárias para compor o processo de registro dos produtos sujeitos à fiscalização, mas também determinantes para as estratégias de marketing.
No caso de empresas sujeitas à fiscalização da vigilância sanitária, muitas vezes profissionais de marketing acabam por desconhecer as regulamentações específicas ou a quais órgãos uma empresa da área da saúde deve estar submetida, além daquelas tradicionais (secretaria da Fazenda, do Trabalho, prefeitura, previdência social).
Quando falamos da área da saúde animal, a indústria veterinária precisa se posicionar como um estabelecimento de assistência à saúde. Um empresário estrategista, durante o planejamento de seu negócio, deverá cercar-se de peritos – especialistas em marketing e profissionais da área regulatória – capazes de agregar as mais diversas informações de valor para a operação.
Em algumas corporações, entende-se por gestão dos assuntos regulatórios o acompanhamento e a adequação das legislações da área sanitária. Essas não devem ser as únicas exigências para se observar, pois tal processo envolve registro de produtos, autorizações de funcionamento de empresas e vigilância pós-mercado.
Não se pode admitir que, ainda nos dias de hoje, as empresas tratem questões regulatórias como meramente burocráticas e cartoriais. Também não podem pressupor que essas adequações serão solucionadas com agilidade em caso de uma necessidade imediata.
Assuntos regulatórios devem ser tratados como fontes de preservação do negócio. Muito além do risco de fiscalização por parte das autoridades oficiais, existe uma concorrência bem atenta aos seus movimentos ou à ausência deles.
