A inflação e a queda no poder de compra dos tutores impactaram diretamente nos gastos e nas idas a clínicas veterinárias. É o que apontou a pesquisa Radar Pet 2022, da Comissão de Animais de Companhia (Comac), vinculada ao Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).
O levantamento reuniu 732 veterinários de cães e gatos. Quando questionados sobre as mudanças negativas e positivas no comportamento do consumidor durante a pandemia, os entrevistados destacaram mais hábitos negativos (62%) do que positivos (45%).
Para 37% dos profissionais, houve a percepção de que os tutores tinham um orçamento limitado para arcar com despesas dos seus pets. Outros 23% identificaram diminuição no número de consultas/internações, enquanto 11% enxergam uma queda nos cuidados com os animais de modo geral.
“Comparando esse dado com o Radar Pet 2021, os respondentes indicaram uma atenção maior com a saúde dos animais na pandemia. Mas esse comportamento não se refletiu na procura por especialistas, com base na visão dos próprios veterinários”, analisa Andréa Castro, coordenadora da Comac.
Clínicas veterinárias e menos demanda por medicamentos
A redução na procura por medicamentos, vacinas e exames foi constatada por 10% dos profissionais. As medicações veterinárias são essenciais para manter a saúde e o bem-estar dos pets. “Ainda assim, 18% dos respondentes observaram uma rápida percepção dos problemas com os animais por parte dos tutores”, pontua Andréa.
Cardiologia e endocrinologia foram as especialidades que apresentaram maior índice de redução na demanda por consultas. A modalidade que mais cresceu foi a fisioterapia.