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Sindan e CFMV se unem contra medicamentos falsos

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medicamentos falsos
Divulgação: Canva

Os medicamentos falsos mobilizaram o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) a criar, em 2021, a campanha Olhos Abertos. A iniciativa ganha agora a parceria do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).

A iniciativa nasceu com a proposta de alertar médicos-veterinários, zootecnistas, produtores e tutores para os perigos do consumo desses produtos. O apoio do conselho visa a potencializar a comunicação sobre os riscos às saúdes animal, humana e ambiental, bem como conscientizar os profissionais da área.

“Os medicamentos falsos podem trazer grandes problemas para os animais, visto que esses produtos podem não apresentar eficácia no tratamento e ainda conter substâncias tóxicas ou proibidas no Brasil, gerando impactos ao bem-estar dos animais e até a morte”, assinala o vice-presidente executivo do Sindan, Emílio Salani.

O uso correto e racional de medicamentos veterinários começa na aquisição do produto, que é o foco da campanha do Sindan no combate ao comércio e ao uso de medicamentos piratas — o termo abarca produtos falsificados, contrabandeados e cargas roubadas. A internet, por meio dos chamados  marketplaces (sites que congregam lojas diversas, às vezes sem necessária verificação de credibilidade), tem sido o principal meio para o escoamento desses itens.

“O consumo prudente de medicamentos, em especial, os antimicrobianos, o combate à pirataria desses produtos e seu correto descarte são de corresponsabilidade dos profissionais. Médicos-veterinários e zootecnistas devem buscar informação, orientar-se e alertar seus clientes sobre o perigo do uso dessas substâncias”, alerta o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida.

Medicamentos falsos formam indústria bilionária

Os medicamentos falsos na saúde animal carecem de números mais atualizados. Mas estima-se que a indústria de falsificação de remédios – inclusive para uso humano – movimente em torno de US$ 210 bilhões em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. É o setor mais lucrativo do comércio ilegal.

Já no Brasil, o Sindan estima que o mercado legalizado de medicamentos ultrapassou, em 2022, a marca dos R$ 10 bilhões em faturamento. Já o volume movimentado pelos itens irregulares é desconhecido. De acordo com a pesquisa Radar Vet, que ouviu médicos-veterinários de todo o Brasil, 64% dos entrevistados não sabem identificar um produto pirata.

Os prejuízos, muitas vezes, são irreversíveis e os médicos-veterinários e zootecnistas devem estar atentos aos detalhes e orientar os tutores de animais sobre a importância de adquirir medicamentos apenas de fontes confiáveis.

O primeiro passo, por exemplo, é verificar se a bula está em português ou se a embalagem apresenta indícios de irregularidade. O  Guia Prático Para Identificação de Medicamentos Irregulares no Mercado , publicado pela Anvisa, também orienta a observar se o lote do produto ou a data de validade constam nos registros de produção da empresa fabricante.

“É fundamental que os consumidores estejam conscientes dos riscos associados ao uso de medicação falsificada e que os médicos-veterinários e os zootecnistas sejam multiplicadores das informações sobre como identificar esses produtos ilegais”, conclui Salani.

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