
O mercado pet do Japão figura entre os dez maiores do mundo e segue em expansão. Estima-se que a receita do segmento de pet food alcance US$ 4,77 bilhões (R$ 26,2 bi) em 2025. Para efeito de comparação, a previsão para o mercado norte-americano na mesma categoria é de US$ 62 bi (R$ 341 bi).
Esse desempenho expressivo reflete uma característica peculiar do país. O Japão é a única nação onde o número de animais de estimação supera o de crianças. Segundo a Japan Pet Food Association, há cerca de 20 milhões de cães e gatos por lá, enquanto a população com menos de 16 anos gira em torno de 17 milhões.
Apesar da demanda, o Japão mantém uma base industrial limitada na produção de pet food. O país depende fortemente da importação de rações, principalmente da Tailândia, China e Coreia do Sul. Os Estados Unidos ficaram em quarto lugar entre os principais fornecedores em 2023. Por outro lado, as exportações japonesas, ainda modestas, são concentradas em outros mercados asiáticos.
Esse novo perfil de tutores, que enxergam os pets como membros da família, vem impulsionado o crescimento de um mercado mais exigente e sofisticado. O setor investe em alimentos funcionais, produtos premium e tecnologias voltadas ao bem-estar animal. Como resultado, o segmento de pet food tornou-se o mais consolidado e lucrativo do país.
Entre os principais players do setor estão empresas como Mars, Royal Canin, Hill’s, Purina, Unicharm e Inaba. Essas companhias apostam em formatos convenientes, como sachês seláveis e porções individuais, cada vez mais valorizados por consumidores urbanos e idosos.
Mercado pet do Japão investe em tecnologia
O mercado pet do Japão também redobra aposta nos wearables para animais de estimação, categoria que inclui colares com GPS, sensores de saúde e dispositivos de rastreamento. A demanda acompanha tendências como a do envelhecimento populacional, a popularidade dos gatos e o avanço das casas inteligentes.
Segundo a consultoria Spherical Insights, esse segmento foi avaliado em US$ 406 milhões (aproximadamente R$ 2 bi) em 2023, com projeção de atingir US$ 1,23 bi (R$ 6 bi) até 2030. Esses dispositivos, que utilizam inteligência artificial e machine learning, monitoram indicadores como sono, estresse e alterações comportamentais, oferecendo aos tutores dados em tempo real para um cuidado mais preciso e proativo.