A indústria de ração na China vem sendo uma das atividades que mais crescem no país. Relatório da Goldman Sachs revela que as vendas de pet food no gigante asiático aumentaram 16% em seis anos, criando uma indústria de US$ 7 bilhões (cerca de R$ 38 bi). Estimativas indicam que o valor deve saltar para US$ 12 bi em 2030 (mais de R$ 66 bi). Mas o Brasil não fica muito atrás nesse desempenho.
Em um panorama ainda mais otimista, ainda de acordo com o levantamento, a alimentação para animais de companhia pode faturar mais de US$ 15 bi (R$ 81 bi) na China em seis anos.
Como parâmetro, o segmento de pet food também movimentou cifras de R$ 38,1 bilhões no Brasil em 2023, de acordo com a Abinpet. A projeção é alcançar R$ 42,3 bi até o fim do ano, o que equivaleria a 55% do volume de negócios do mercado pet.
Indústria de ração na China tem forte influência dos jovens tutores
A indústria de ração na China vem sendo diretamente impactada pela influência dos jovens tutores. A Goldman Sachs projetou que, até 2030, a população de pets no país deve superar a população de crianças de até quatro anos. A proporção será de 70 milhões para 40 milhões. Em 2017, o cenário era completamente oposto – 40 milhões contra 90 milhões. A opção das novas gerações por não se casar e ter filhos ajuda a explicar essas estatísticas.
“Esperamos ver um grande impulso na posse de animais de estimação em meio a uma perspectiva de baixas taxas de natalidade e maior penetração de cachorros e gatos nas famílias dos mais jovens”, observa Valerie Zhou, analista de ações da consultoria.
Com isso, a expectativa é que as empresas de pet care e pet food, por exemplo, vivam ótimos anos em termos de expansão e faturamento, enquanto a indústria de produtos como brinquedos e roupas infantis tende a sofrer com uma menor demanda por parte da população.
Além disso, o setor ainda tem muito espaço para crescer por lá, já que, segundo a CNN, a porcentagem de lares com cães nas cidades chinesas ficou em 5,6%. O Japão atingiu 17,5% em 2009 e, no Brasil, 72% das pessoas possuem pets em casa, conforme pesquisa realizada pela Quaest.
