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Varejo pet tem alta vitalidade, diz estudo com 91 setores

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varejo pet
Divulgação: Canva

O varejo pet desponta como um dos setores com maior futuro e oportunidades de investimento na economia brasileira. É o que apontou um estudo inédito do Ibevar com base na avaliação de 91 setores.

O levantamento analisou a vitalidade no varejo a partir de variáveis como os dados financeiros das empresas, os níveis de satisfação dos clientes,  o volume de vendas e a evolução percentual do setor em relação aos anos anteriores.

“Optamos por acompanhar como principal fator da análise de vitalidade do setor o saldo anual acumulado entre a abertura e fechamento de novas empresas, uma vez que ele pode indicar o crescimento ou declínio dos segmentos observados”, afirma o presidente do Ibevar, Cláudio Felisoni.

Segundo ele, essa é uma forma de medir a competitividade do mercado e a capacidade de atrair novos negócios. Outro parâmetro levado em consideração foi a taxa de falência de lojas, um indicador da estabilidade do varejo.

Os 91 setores foram classificados em cinco grupos, segmentados conforme o potencial das empresas:

  • Grupo 1 – Crescimento
  • Grupo 2 – Resilientes instáveis
  • Grupo 3 – Instáveis e não promissores
  • Grupo 4 – Índice baixo de vitalidade
  • Grupo 5 – Absolutamente não promissores

Varejo pet em crescimento contínuo

O varejo pet está inserido no Grupo I – Crescimento, classificação que define um segmento com processo de expansão contínuo. Realidade diferente da vivida por setores como o varejo farmacêutico, cuja consolidação de mercado pode representar um empecilho para novos entrantes.

“No segmento de pet shops, existe uma grande lacuna para a abertura de novas empresas em função da pulverização que caracteriza esse mercado”, explica Felisoni.

Dados do Sebrae reforçam esse tese. O setor registrou a abertura de mais de 18,2 mil negócios em 2022. Apesar de uma ligeira queda na comparação com o mesmo período de 2021, o volume é 33% superior ao de 2019 – antes da chegada da pandemia.

O levantamento contabilizou 18.278 novos CNPJs a partir de informações da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), incluindo empresas de comércio varejista de animais, medicamentos veterinários, artigos, alimentos, higiene, alojamento e embelezamento. Com esse avanço, estima-se a existência de 65,4 mil negócios no segmento, o que representa em torno de 78% do total de companhias ligadas ao mercado pet.

Além disso, o Brasil é o terceiro país no ranking mundial em população total de animais de estimação, de acordo com Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Animais de Estimação (Abinpet). Os indicadores chamam a atenção de empreendedores que têm interesse em investir nesse setor. Outra análise do Sebrae aponta que o ramo de lojas de animais e pet shops foi um dos mais buscados como Ideia de Negócios, em 2022, e se mantém como tendência de negócio para 2023.

A perspectiva de crescimento do setor até 2026 é de cerca de 87%. Somente no ano passado, o faturamento foi de R$ 41,96 bilhões, sendo que o Brasil está no 6º lugar no ranking mundial, e a China se mantém na 2ª colocação. Ainda segundo o Sebrae, a primeira metade de 2022 contabilizou mais de 18 mil novas empresas em operação.

Varejo pet ganhou fôlego com boom da pandemia

O varejo pet testemunhou uma transformação no perfil do consumidor com a pandemia e o boom de novos tutores. Dados de uma pesquisa da Comissão de Animais do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) relativos a 2021 reforçam essa tese e ajudam a orientar as estratégias de gestores de pet shops e clínicas veterinárias.

Os números evidenciam a associação entre os novos tutores e o crescimento do setor. Dos atuais donos de animais de estimação no Brasil, 23% passaram a ter seu primeiro bichinho durante o período da pandemia.

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