Uma onda de adoções de pet durante a pandemia de covid-19 criou uma demanda maior por itens básicos como alimentos e brinquedos, além de um aumento nos gastos por serviços médicos e medicamentos. Levantamento da Bloomberg Intelligence revela que a economia global de animais de estimação deverá atingir quase meio trilhão de dólares até 2030, cerca de US$ 493 bilhões, um aumento de 54% em relação aos dias atuais.
As informações são da Bloomberg Línea Segundo a reportagem, isso colocaria o negócio de animais de estimação em pé de igualdade com setores mais futuristas e chamativos, como segurança cibernética e tecnologia financeira.
Novo nicho para o mercado pet
Ao mesmo tempo, outro negócio relacionado a animais de estimação está crescendo: o uso de ferramentas avançadas de diagnóstico e medicamentos sofisticados para identificar e tratar ferimentos e doenças que antes poderiam rapidamente tirar a vida de um amado animal de estimação.
As empresas farmacêuticas estão trazendo inovações das ciências da vida humana para os animais. Uma delas é a Zoetis, que está usando anticorpos monoclonais para tratar osteoartrite em gatos. Já a Elanco Animal Health está vendendo os primeiros inibidores orais de SGLT2 – remédios para diabetes tomados por milhões de pessoas – para animais de estimação.
Farmacêuticas e prestadores de cuidados de saúde dizem que esses avanços médicos melhoraram o bem-estar dos animais. Além disso, os gastos com animais de estimação tendem a permanecer, dizem os executivos.
A Bloomberg Intelligence prevê que os EUA, onde custa cerca de US$ 1.520 por ano para ter um cachorro e US$ 950 para ter um gato, continuará sendo o maior mercado de animais de estimação do mundo, subindo 52% para US$ 195,6 bilhões até 2030.
Mas o aumento é global: o mercado europeu de animais de estimação deve aumentar 43%, para US$ 159,7 bilhões nesse período. No resto do mundo, o mercado de animais de estimação deve crescer 72%, para US$ 137,8 bilhões.
