
A automedicação é uma prática superperigosa para humanos, e não é diferente quando se trata de animais de estimação. Mesmo assim, 19% dos tutores medicam pets sem orientação veterinária, e 9% buscam informações na internet.
Os dados são da pesquisa Radar Pet, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sidan). O estudo, divulgado inicialmente pelo jornal Folha de S. Paulo, ouviu 1.751 tutores brasileiros.
Por outro lado, o levantamento revela que mais de 35% dos tutores levam seus animais ao veterinário, e 22% entram em contato com profissionais para obter informações.
Mas algumas decisões ainda podem comprometer o bem-estar dos pets: 22% dos tutores procuram orientação de outros donos de animais domésticos, que não são médicos veterinários, e 37% observam o bichinho por três dias antes de tomar qualquer medida.
O Sindan explica que o uso indiscriminado de anti-inflamatórios pode resultar em úlceras gástricas e insuficiência renal em cães, e o paracetamol, por exemplo, é tóxico para os gatos. Além disso, muitos produtos utilizados em humanos, como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos, podem causar sérias complicações em animais.
“É importante fortalecer o engajamento e a conscientização dos donos dos animais quanto aos perigos da medicação sem orientação veterinária. As consequências podem ser fatais”, afirmou Gabriela Mura, diretora do Sindan e coordenadora da Comac, ao jornal.