Petz e Cobasi avançam mais um passo rumo à fusão

CVM aprova registro da Cobasi como empresa de capital aberto

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PETZ E COBASI
Foto: Reprodução/Google Maps

A fusão entre Petz e Cobasi avança mais uma casa com a nova decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O órgão deu aval para que a Cobasi se torne uma empresa de capital aberto na categoria A, o que a habilita a negociar qualquer tipo de valor mobiliário, inclusive ações, em mercados regulamentados. A informação foi divulgada pelo Valor Econômico.

Essa seria uma das condições para que a vice-líder se unisse à Petz, que abriu capital em setembro de 2020. Conforme divulgado anteriormente, as ações da empresa de Sérgio Zimermann serão incorporadas pela Cobasi na transação. Investidores da Petz terão uma participação maior na nova companhia, com 52,6% das ações, enquanto os da Cobasi ficarão com 47,4%.

Fusão de Petz e Cobasi deve sair do papel neste trimestre

No início do ano, foi noticiado que a fusão de Petz e Cobasi deverá sair do papel ainda neste primeiro trimestre, e sem restrições. A previsão era que a operação ocorresse somente em novembro deste ano. Isso porque as empresas esperam o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, até lá, devem continuar operando separadamente sob pena de autuação severa do conselho.

O órgão vem avaliando riscos para o ambiente concorrencial no setor, mas as empresas tentaram driblar esse argumento. Segundo elas, seus maiores rivais não são outras redes físicas, e sim marketplaces como Alibaba, Mercado Livre e Shopee. Regina Blessa, especialista em varejo e colunista do Panorama PetVet, concorda com a análise do Cade. “Na prática, as maiores concorrentes dessas megastores são as lojas de bairro próximas, que estão talvez mais acessíveis na vizinhança”, avalia.

O presidente da Andipet – Associação Nacional dos Distribuidores de Produtos Pet, Diego Dahas Camara, acredita que seja bem provável a concentração de mercado em algumas regiões. Mas também enxerga oportunidades. “Antes havia duas megas estruturas travando uma concorrência direta, com foco em oferecer o melhor preço. Uma vez pertencentes ao mesmo grupo, essa competição tende a esfriar, criando um campo de atuação para o pequeno e médio varejo”, comenta.

Parceria criaria grupo de 494 lojas

O acordo entre as duas maiores redes de pet shop do país foi fechado em meados de agosto. A fusão criaria um grupo com receita bruta anual de R$ 6,9 bilhões, 494 lojas em mais de 140 cidades do país, 15 hospitais veterinários e mais de 20 marcas próprias de produtos para pets. Juntas, as empresas deteriam 11% de participação no total do mercado pet brasileiro. Zimerman foi confirmado como presidente do conselho. Já Paulo Nassar, CEO da Cobasi, assumirá o cargo de CEO da nova empresa.

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