
“Queremos ampliar o portfólio de ferramentas que ajudam o veterinário a gerir melhor o seu negócio”, afirma Marcio Waldman, fundador da Petlove, em entrevista exclusiva ao Panorama PetVet.
A companhia anunciou na última semana a aquisição da SimplesVet, uma das principais plataformas de gestão voltadas a clínicas, hospitais veterinários e pet shops no país. O movimento reforça a estratégia de expansão da companhia no mercado B2B e consolida sua vertical de tecnologia para o setor veterinário.
Com cerca de 8 mil clientes ativos e presença consolidada especialmente nas regiões Nordeste e Sudeste, a SimplesVet passa a integrar a frente de software da Petlove, que já reúne as marcas VetSmart, adquirida em 2018, e Vetus, incorporada em 2019. A operação fortalece a capacidade da empresa de oferecer soluções integradas que vão de CRM e automação de processos à inteligência artificial e serviços financeiros.
“Nosso papel é fornecer ferramentas para que o veterinário use seus próprios dados com mais inteligência”, comenta Waldman, que atualmente integra o conselho de administração da Petlove.
Fundada em Salvador (BA), a SimplesVet vem apresentando crescimento de dois dígitos ao ano e atua no modelo SaaS (software como serviço), com planos de assinatura a partir de R$ 149. A plataforma oferece funcionalidades como emissão de notas fiscais, controle de estoque e gerenciamento de prontuários veterinários.
Compra da SimplesVet pela Petlove mantém política de dados inalterada
A aquisição da startup baiana não trará mudanças na política de proteção de dados dos clientes. “Temos um departamento interno de proteção de dados que responde diretamente ao comitê de auditoria e, por sua vez, ao nosso conselho de administração. Não se reporta a mim nem à Talita Lacerda, CEO da Petlove“, enfatiza Waldman. Segundo ele, a governança de dados do e-commerce já segue esse modelo desde aquisições anteriores.
Próximos passos
Apesar da operação, a SimplesVet continuará operando de forma independente, com sede e equipe mantidas em Salvador, conta o executivo, e passará a ter o suporte das estruturas da Petlove em São Paulo e Porto Alegre (RS). “Já para os clientes, nada muda. A ideia é somar. Novas funcionalidades serão incorporadas com o tempo, mas sem alterar contratos vigentes”, reforça Waldman.
O anúncio da aquisição foi feito na semana passada e a operação agora aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O valor do negócio não foi revelado devido a cláusulas contratuais de confidencialidade.