Qual é o diferencial competitivo na assistência veterinária hoje? Em um mercado cada vez mais exigente, clínicas e hospitais veterinários enfrentam o desafio de se destacar não apenas pela tecnologia ou equipe, mas pela confiança que oferecem aos tutores. É nesse cenário que uma certificação atrelada à qualidade assistencial surge como diferencial competitivo.
Nos Estados Unidos, dados da American Animal Hospital Association (AAHA) indicam que 85% dos tutores optariam por um hospital veterinário acreditado em detrimento de um não acreditado, e 58% estariam dispostos a pagar mais por essa garantia de qualidade. Esses números refletem a crescente valorização da segurança e da previsibilidade dos cuidados prestados.
Mas o que é qualidade nesse contexto?
Segundo o Institute of Medicine (2001), qualidade na saúde é oferecer o cuidado certo, no momento certo, com segurança, efetividade e foco no paciente.
Portanto, a certificação que tem maior impacto na segurança do paciente veterinário é uma estratégia transformadora para garantir que esses princípios sejam cumpridos na rotina clínica.
Definir a linha de cuidado estratégica é o primeiro passo
Ao definir pontos de partida com alta relevância, entre os quais urgência, internação, cirurgia ou unidade intensiva, o estabelecimento veterinário consegue se organizar a ponto de favorecer a implementação da metodologia. Com isso, cada fluxo assistencial torna-se um campo prático de melhoria, por meio do qual é possível demonstrar ganhos concretos em curto prazo. Essa abordagem reduz a complexidade inicial e gera aprendizados aplicáveis às demais áreas.
Componentes fundamentais que sustentam a segurança do paciente
Ao escolher iniciar o processo de certificação por uma linha de cuidado específica, o estabelecimento também mobiliza diversas áreas assistenciais e de apoio, que passam a atuar de forma coordenada para conferir solidez aos resultados.
Isso porque a segurança do paciente não depende de ações isoladas, mas da articulação entre diferentes setores e saberes. Um sistema de saúde só alcança resultados consistentes quando estrutura, processos e pessoas atuam de forma integrada, com foco na antecipação de riscos e na segurança clínica em todas as interfaces do cuidado.
Assim, a conquista de um certificado exige atenção a diversos pilares estruturantes da assistência, como a capacitação das equipes, a padronização das rotinas assistenciais e operacionais, a adequação da estrutura física e tecnológica e uma vigilância farmacoterapêutica contínua.
Um processo trabalhoso, mas viável
É importante esclarecer que o processo de certificação não apresenta complexidades do ponto de vista técnico, mas requer compromisso e dedicação. Envolve um trabalho contínuo de melhoria, mas é acessível a qualquer instituição que deseje ser a primeira opção dos clientes.