Março Amarelo alerta para insuficiência renal em cães e gatos

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insuficiência renalO março Amarelo Pet tem como objetivo informar sobre os riscos de doenças renais. Em todo país, são realizadas campanhas de conscientização e ações preventivas para tutores de pets para alertar de possíveis problemas graves, como a insuficiência renal crônica, que, infelizmente, ainda não tem cura.

A disfunção renal mais comum em cães e gatos é caracterizada pela dificuldade que os rins apresentam na hora de filtrar o sangue. Também podem ocorrer falhas na produção de hormônios e retenção de nutrientes importantes, o que atrapalha o funcionamento do organismo do seu animal. É preciso estar atento, pois muitas das vezes é silenciosa e nem sempre o pet sente dor, sendo uma patologia que pode vir assintomática e evolui aos poucos.

“A doença é definida após persistir por um período prolongado de meses ou até mesmo anos. Essas lesões renais causam um declínio na função dos rins que podem levar a lesões metabólicas”, explica a Médica Veterinária Joyce Lima, da equipe de Educação Corporativa da Cobasi.

Por ser uma doença silenciosa, os menores sinais importam. Joyce completa dizendo que “caso o pet tenha aumento da ingestão de água e da produção de urina, vômito, diarreia, falta de apetite e perda de peso, apatia ou fraqueza, mesmo se forem apresentados separadamente e com longos intervalos, vale a pena o check-up no veterinário. A maior incidência costuma ser em animais mais idosos, em cães de idade média de 6,5 e 7 anos para gatos.”

As doenças renais geralmente são mais silenciosas e brandas no início. Para alívio dos tutores, os pets portadores costumam ter uma longa expectativa de vida, mesmo sem um tratamento específico que faça a cura das lesões existentes nos rins.

As principais causas de doenças renais em cães e gatos:

  • fatores genéticos;
  • idade avançada;
  • intoxicação, seja por ingestão de plantas ou alimentos tóxicos ou por medicações com dosagens inadequadas;
  • alimentação inadequada;
  • extensão de outras doenças como: infecções, problemas metabólicos (como a Diabetes mellitus ou cálculos urinários) ou problemas cardíacos;
  • parasitoses (como àquelas causadas por parasitas transmitidos por pulgas e carrapatos).

Sintomas

  • aumento da ingestão de água;
  • mudança no volume de urina (tanto para mais quanto para menos);
  • apetite seletivo, inclusive para petiscos e rações úmidas que costumavam ser favoritos;
  • perda de peso;
  • vômito;
  • diarreia;
  • hálito com cheiro forte;
  • apatia e prostração, com perda de interesse nas brincadeiras;
  • alterações na visão.

Cães e gatos de qualquer porte, idade ou raça podem ter problemas renais, porém algumas raças podem desenvolvê-los com mais facilidade como: Beagle, Bull Terrier, Chow Chow, Cocker, Dachshund, Lhasa Apso, Maltês, Pastor Alemão, Pinscher, Poodle, Shar Pei, Shih Tzu, Schnauzer. Já entre as raças de gatos que costumam ser mais propensas estão: Abissínio, Azul Russo, Maine Coon, Persa e Siamês.

“Os felinos costumam ter mais problemas renais, pois sua unidade funcional que auxilia na fabricação de urina (o néfron) é praticamente duas vezes menor que a de um cachorro. Além disso, a frequência de desenvolvimento de cálculos urinários também é mais comum em gatos, principalmente os machos, devido à sua anatomia (por terem os condutos urinários — ureteres — mais curtos e finos. Por isso, os felinos podem ter esse tipo de doença mais cedo e com maior frequência”, ressalta a especialista Joyce Lima.

Diagnóstico

Para a identificação da doença renal é necessário exames de sangue, urina e imagens como ultrassom. “Mesmo não tendo cura, por meio de um diagnóstico precoce e tratamentos como aplicação de soro (fluidoterapia), controle dos níveis de cálcio, fósforo, sódio, potássio e uma dieta equilibrada, é totalmente possível barrar o progresso da doença e aliviar os sintomas e dores do animal”, conta Joyce Lima.

Há inúmeras formas de hábitos e cuidados que os tutores podem adotar para evitar não só doenças renais, mas outras que podem prejudicar a saúde e qualidade de vida do seu pet:

  • Mantenha sempre água limpa e fresca para o seu pet 24 horas por dia;
  • Ração de qualidade, em quantidade adequada ao peso e à fase da vida do pet;
  • Uso regular de antipulgas e carrapatos,
  • Vacinação em dia;
  • Evitar a automedicação.

O uso de rações e petiscos mais úmidos também contribuem para auxiliar em uma maior ingestão híbrida, pois somente a oferta de alimentos secos junto a baixa ingestão de água pode sobrecarregar ainda mais os rins do seu animal.

“Assim como nós, hábitos saudáveis em cães e gatos também são a chave para prevenir doenças. Com o avanço da idade é natural que as funções renais diminuam, porém, as chances de isso acontecer diminui se seu pet tiver os devidos cuidados e uma vida saudável”, finaliza Joyce Lima.

Para mais informações sobre saúde, acesse o blog da Cobasi.

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