
vice da entidade/ Foto: montagem a partir de acervo pessoal
Criada há um ano, a Associação Brasileira de Planos de Saúde Pet (ABPSP) é a primeira entidade do país voltada a esse segmento. O objetivo é se tornar uma interlocutora ativa entre a sociedade e o poder público, além de contribuir para a qualificação e padronização da oferta desse serviço.
“Nosso propósito é garantir serviços veterinários de excelência para um número cada vez maior de pets e estimular a demanda dos tutores para reduzir os gaps de acesso. No último ano, apenas 10% da população total de cães e gatos utilizou um plano de saúde”, argumenta Luiz Gênova, vice-presidente da ABPSP e CEO da operadora APet.
A presidência a cargo de Fabiano Lima, CEO da divisão de saúde da Petlove, endossa a posição de protagonismo que a entidade vem procurando assumir. Hoje, suas cinco empresas associadas somam cerca de 20 mil veterinários cadastrados, que realizam 200 mil procedimentos/mês. Somados, são 700 mil pets nas carteiras. “Esses números podem crescer exponencialmente para responder ao potencial de demanda que os planos direcionam a clínicas e hospitais veterinários”, reforça Gênova.
O dirigente destaca também os benefícios para tutores, que passam a ter previsibilidade financeira ao contratar um plano de saúde para o pet. ‘’É uma mensalidade bastante acessível que assegura um atendimento de qualidade para qualquer necessidade. Isso traz tranquilidade ao tutor que, às vezes, em situações de emergência, recorre a clínicas particulares e não está preparado para custear o tratamento do pet”, contextualiza.
Associação de planos de saúde animal mira ampliação
Confiança e transparência são outros atributos que a associação de planos de saúde animal planeja transmitir ao mercado. “Com a adesão de mais empresas do setor, a entidade se fortalece não só para conferir mais segurança aos tutores, como também para atuar junto ao Congresso Nacional e aos governos nacional e estaduais, como ocorreu por ocasião da discussão da reforma tributária. ‘’Unidos, passamos a ter voz para conversar com diversos stakeholders do mercado’’, avalia.
Atualmente, em torno de 25 operadoras atuam com foco em pets. Gênova acredita que, até o fim do ano, mais quatro possam integrar a associação. Ele enumera requisitos que considera fundamentais ao ingresso no grupo – reputação, capacidade financeira e técnica, estratégia de atuação e, principalmente, serviço de qualidade ‘
Associação estuda forma de produzir indicadores sobre o segmento
A ABPSP pretende também reunir informações sobre o mercado de saúde pet, que não é regulamentado. O propósito é começar a produzir relatórios com indicadores sobre receitas das empresas, sinistralidade, valores pagos a clínicas e serviços veterinários e outros dados de interesse do mercado, inclusive dos tutores. ‘’Queremos criar um canal de comunicação mais robusto com a sociedade’’, conclui.