A leishmaniose canina é uma doença grave, com ação no sistema imunológico dos cachorros. A parasitária também pode atacar humanos, então é considerada uma zoonose. Ela pode afetar de diversas formas e em diversas partes o organismo do cão, sendo assim tem uma variedade grande de sintomas, o que dificulta a identificação dessa doença fatal. Entenda melhor sobre a leishmaniose canina, como tratar, sintomas e mais.
O que é a leishmaniose canina?
Causada pelo protozoário leishmania, a doença é transmitida por meio da fêmea do mosquito-palha, que funciona como vetor transmissor. Isso porque o inseto pica um cão infectado, carrega o protozoário, e ao picar outro transmite a doença.
Nos cães, a maioria dos casos de leishmaniose são do tipo visceral, apesar de também existir a cutânea. No caso da mais comum, o animal é o hospedeiro principal.
Ação da leishmaniose canina
Ao adentrar no organismo canino, o leishmania se multiplica e afeta os macrófagos, células de defesa do corpo que combatem a entrada de bactérias desconhecidas. No ataque, o sistema imunológico se fragiliza, colaborando para a presença de mais doenças no organismo do cachorro.
Inicialmente os sintomas da doença não aparentam tanto, porque ela fica incubada no organismo. Lentamente vai se espalhando, e afeta diversos órgãos como fígado, rins e aparelho digestivo.
Sintomas da leishmaniose canina
Além das doenças que serão citadas abaixo, vale a pena ressaltar que outras também podem surgir por conta da baixa imunidade.
- Perda de apetite
- Febre
- Secreção e incômodo ocular
- Lesões na pele
- Fraqueza
- Queda dos pelos
- Emagrecimento
- Crescimento excessivo das unhas
Como identificar a leishmaniose canina?
Por conta da gravidade e da fatalidade da doença, é importante que a identificação seja feita o quanto antes. O diagnóstico da leishmaniose pode ser complicado, tendo em vista que existem muitos sintomas e diferentes locais de atuação.
Sabendo das dificuldades, é importante que na suspeita de qualquer um dos sintomas citados anteriormente o cão seja levado a um médico-veterinário para uma avaliação. A partir de um teste sorológico o profissional consegue identificar a presença de um protozoário no organismo, o que ajuda na identificação.
Também é possível obter o diagnóstico da leishmaniose a partir da citologia por decalque, onde são retiradas células de um órgão que está afetado para avaliação, e assim, se houver a presença do leishmania, será válido.
Prevenção da leishmaniose canina
Sabendo que o vetor da leishmaniose é o mosquito-palha, e que ele vive em ambientes com muita matéria orgânica, uma forma de se prevenir da doença é manter o ambiente sempre limpo. O uso de repelentes, telas de proteção e coleiras antiparasitárias também pode ajudar no combate ao inseto.
Porém, antes de tudo isso, vale lembrar que existe uma vacina para a doença, e pode ser aplicada em cães já a partir dos 4 meses de idade, sendo três doses, tomadas a cada 21 dias.
Tratamento da leishmaniose canina
A partir da liberação do Ministério da Saúde para o uso de medicamentos contra a leishmaniose, essa pode ser uma boa forma de cuidar da doença, já que mesmo que o protozoário continue no corpo os problemas de saúde são interrompidos e não há mais transmissão.
Infelizmente, há muito tempo que a leishmaniose em cães ainda não tem cura, inclusive, em tempos antigos os animais portadores da doença eram sacrificados, pois eram um perigo para os outros. Mesmo com o tratamento, os órgãos afetados requerem tratamento específico, que duram para a vida toda. Sabendo de todo o perigo, é sempre necessário que as consultas veterinárias de seu cão estejam em dia.
Fonte: Redação Panorama PetVet