Tutor de pet com perfil “emocional” é mais propenso a gastar

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Tutor de pet

O tutor de pet no Brasil é mais “emocional” do que “racional”. É o que aponta a pesquisa Radar Pet, da Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).

De acordo com o estudo, 32% dos tutores apresentam um perfil mais emocional, enquanto 23% se intitulam mais racionais e 18% são definidos como “desapegados”.

A categoria mais representativa é nova e leva em conta as pessoas que consideram seus animais de estimação como parte da família.

“Eles estão dispostos a investir em cuidados de alta qualidade, buscando produtos mais avançados disponíveis no mercado para atender às necessidades de seus pets”, explica a coordenadora da comissão, Andrea Castro.

Perfil do tutor de pet emocional 

A pesquisa também apontou quem são as pessoas mais dispostas a investir em seus pets. Em sua maioria, o grupo é composto por mulheres de até 39 anos, que se enquadram na classe social AB1.

Essas mulheres em questão em geral não têm filhos, são solteiras, viúvas ou divorciadas.

Outro grupo com forte presença entre os tutores “emocionais” são os membros da comunidade LGBTQIA+. Pensando em moradia, essa categoria de tutor reside tanto em apartamentos como em casas, mas se concentram de maneira massiva na Região Sudeste.

Mulheres também lideram entre os “racionais” 

O público feminino também é o mais representativo entre os tutores de pets “racionais”. “O que diferencia essa categoria é uma maior tendência a equilibrar razão e emoção na hora de organizar seus gastos com os animais de estimação”, complementa Andrea.

Esse tutor costuma estar na casa ou próximo dos 40 anos e geralmente mora sozinho em apartamentos. Pensando em distribuição geográfica, eles se encontram espalhados por todo o país e pertencem à classe social AB.

“Amigos de pet” e “desapegados” 

Outros perfis de tutores de pet destacados pelo estudo são os “amigos de pet” e os “desapegados”.

Os “amigos de pet” são aqueles tutores que têm um vínculo considerável com seus animais de estimação, mas, pelas demandas do dia a dia, não conseguem passar tanto tempo com eles.

Esse público é majoritariamente composto por mulheres de 30 a 59 anos, casadas e com filhos, residentes nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e pertencentes à classe C.

Já os “desapegados” são aqueles que não possuem vínculos tão intenso e se preocupam apenas em oferecer os cuidados básicos ao pet. Em sua maioria, são homens, com aproximadamente 50 anos, casados e com filhos.

Mais comuns nas regiões Centro-Oeste e Norte do país, em geral pertencem à classe C. E essa é uma categoria que vem “encolhendo” com o tempo, de 21% em 2019 para 18%.

“Essa diminuição evidencia o fortalecimento dos laços de afeto e carinho entre os tutores e seus pets”, analisa.

Pets “já são de casa” 

Apesar da divisão entre as diferentes categorias de tutor de pet, uma coisa é universal. Cada vez mais pessoas consideram seu animal de estimação parte da família.

Em 2019, 25% dos entrevistados apontavam esse tipo de vínculo com seus cães, contra 21% em referência a seus gatos. Agora em 2023, ambas as porcentagens cresceram, respectivamente para 29% e 25%.

Entre os fatores que explicam essa maior importância dos pets para as famílias brasileiras, se destacam os avanços na medicina veterinária e também o isolamento e novas configurações familiares que surgiram durante a pandemia da Covid-19.

Essa nova relação também refletiu em uma maior atenção às necessidades dos peludos. Há uma década, apenas 15% dos cães e 10% dos gatos passavam por consultas preventivas, contra, respectivamente, 30% e 21% em 2023.

Gastos por aqui ainda são baixos 

Mesmo com os pets desempenhando um papel cada vez mais vital nas famílias brasileiras, a média de gastos com eles por aqui ainda está bem abaixo das demais nações no top 10 do mercado pet.

Entre os dez maiores mercados do mundo, o Brasil é apenas o nono colocado nesse quesito e registra uma média de R$ 429 por mês. Os dados são baseados em um levantamento do Banco Mundial e da Euromonitor.

Em contrapartida, o país já ostenta o terceiro maior faturamento global para o mercado pet e a terceira maior população de animais de estimação do mundo.

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