Manifestantes se reuniram no início do mês em Istambul, na Turquia, vestindo camisetas com imagens de cães e gatos, contra um projeto de lei que prevê o abate de cachorros de rua para conter sua proliferação.
Defensores dos direitos dos animais, de diversas idades e posições políticas, se opõem a uma proposta do partido governista AKP, que busca controlar a população de cães de rua no país.
De acordo com estimativas oficiais, em 2022, o Ministério da Agricultura do país afirmou que havia dez milhões de cães sem dono. A nova legislação proposta permitiria a captura em massa desses animais, sua esterilização, marcação com chip e, se não fossem adotados em 30 dias, a eutanásia.
Os críticos pedem, em vez disso, campanhas efetivas de esterilização e denunciam a falta de recursos para lidar com a questão de forma humanitária.
O presidente, Recep Tayyip Erdoganm reconheceu que a Turquia enfrenta um “problema com cães de rua que não existe em nenhum país desenvolvido” e mencionou um aumento nos casos de raiva. “Precisamos adotar métodos mais radicais”, afirmou, defendendo campanhas de esterilização e adoção para evitar a necessidade de medidas mais extremas.