Segurança alimentar pet deve movimentar R$ 90 bi até 2033
Crescimento de 8,2% ao ano impulsiona a transformação do setor
O mercado global de segurança de alimentos para pets caminha para um crescimento acelerado e deve ultrapassar R$ 90 bilhões até 2033, segundo projeção divulgada pela Research Intelo.
De acordo com o relatório, o segmento movimentou cerca de US$ 8,3 bilhões em 2024, aproximadamente R$ 44,7 bilhões, e tem potencial para alcançar as cifras projetadas em menos de dez anos, mantendo um ritmo consistente de expansão impulsionado por novas demandas dos tutores e avanços tecnológicos aplicados à cadeia de produção.
Com taxa de crescimento anual estimada em 8,2% até 2033, o setor tende a se tornar um dos pilares mais estratégicos da indústria pet global, especialmente à medida que serviços, tecnologias e produtos premium continuam ganhando espaço em todas as regiões.
Tutores exigem mais segurança e transparência no pet food
O principal motor desse avanço é a crescente preocupação dos consumidores com a saúde e o bem-estar dos animais de estimação. À medida que cães e gatos se tornam parte cada vez mais integrada da família, os tutores exigem alimentos mais seguros, ingredientes rastreáveis e processos de fabricação transparentes.
Essa mudança comportamental tem pressionado as empresas a adotar padrões mais rigorosos de controle de qualidade e a investir em equipamentos e sistemas capazes de detectar contaminações, garantir a origem dos insumos e monitorar todas as etapas da produção.
Esse movimento também é reforçado por regulamentações cada vez mais rígidas. Órgãos internacionais, como Food and Drug Administration (FDA) e Federação Europeia da Indústria de Alimentos para Animais de Estimação (FEDIAF), ampliaram as exigências de rotulagem, controles microbiológicos e boas práticas de fabricação, o que elevou o nível de responsabilização da indústria e abriu espaço para tecnologias inovadoras.
Hoje, ferramentas como testes rápidos, autenticação por DNA, sensores de detecção de contaminantes e sistemas de blockchain para rastreamento de lotes já fazem parte da rotina de grandes fabricantes e começam a se expandir também entre empresas de médio porte.
Desafios ainda travam a segurança no pet food
Apesar das perspectivas positivas, o setor enfrenta desafios relevantes. Segundo informações do Pet Food Forum Brasil, as cadeias globais de fornecimento continuam complexas, o que aumenta a exposição a riscos de contaminação ou adulteração de ingredientes. Além disso, os custos elevados para implantação de sistemas de rastreabilidade e para realização de análises de qualidade dificultam a adaptação de pequenos fabricantes. O mercado também precisa lidar com a circulação de informações imprecisas ou mal interpretadas sobre segurança alimentar, o que pode prejudicar a confiança do consumidor e gerar ruído na relação entre marcas e tutores.
Mercados emergentes puxam o crescimento do pet food
O estudo aponta ainda que o crescimento será especialmente expressivo em mercados emergentes. Regiões como Ásia-Pacífico e América Latina tendem a apresentar avanços mais acelerados devido ao aumento da posse de pets, à urbanização e ao crescimento da renda disponível. Esse conjunto de fatores deve estimular empresas locais a ampliar investimentos em segurança, laboratórios, padronização e certificações, atendendo a um consumidor que se torna cada vez mais exigente e informado.