Após um ano desafiador por causa de fatores complexos, que envolveram questões políticas e de insegurança econômica mundial, as startups conseguiram se ajustar à crise. Agora o momento é outro. Em 2023, o mercado de inovação pode mostrar potencial para aplicação de capital. Nesse sentido, startups como as pet techs devem destacar sua evolução e atrair mais investidores.
Em 2022, muitas empresas emergentes conseguiram validar soluções que têm auxiliado o crescimento do mercado pet, integrando o segmento cada vez mais às novas tecnologias. Neste ano, é possível prever mais tendências para o setor. Serão mudanças graduais e não da noite para o dia. De qualquer forma, evidenciarão um “chão” mais firme para pisar.
As startups devem se posicionar mostrando seu processo de evolução e esbanjando clareza para explicar os produtos ou as soluções envolvidas, ressaltando ainda o valor e o impacto que podem gerar na vida das pessoas e de seus pets. Para desenvolver um negócio, é fundamental buscar conhecimento. Por isso, é preciso estudar, conhecer seu público, ser resiliente e visar a um diferencial.
As companhias inovadoras conseguem responder rapidamente à crise e se adequar ao mercado. No ano passado, por exemplo, já era esperada a redução nas captações devido ao receio dos investidores diante do cenário desafiador. Portanto, as startups se organizaram para queimar menos caixa e se manterem ativas.
Toda crise traz oportunidades. As pet techs estão mais preparadas e prontas para demonstrar seu crescimento e corresponder às expectativas. Para os investidores, a hora é agora. Os valuations foram regularizados e os empreendedores estão cientes de que, para receberem um aporte, precisam demonstrar escalabilidade, força de vendas e custos baixos.
O caminho para as pet techs (e outras startups) é estabelecer presença digital, contar com um MVP (produto mínimo viável) validado, apostar em diferenciais e trazer algo novo para o mercado, sempre em busca da melhor qualidade. Ainda são pontos cruciais para o sucesso: investir em marketing, conhecer o ROI do seu negócio, manter a equipa engajada, conquistar embaixadores de marca e investir no melhor atendimento possível ao cliente.
* Alaíde Barbosa é CEO da Capri Venture, uma corporate venture builder que nasceu com o propósito de transformar o ecossistema pet.