Junho Vermelho: Animais também podem fazer doação de sangue

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doação de sangue

Nesta terça-feira, dia 14 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue. Em função disso estabeleceu-se o Junho Vermelho como forma de conscientização para a data. E os animais também podem fazer doação de sangue. Assim como os humanos, os bichinhos também estão suscetíveis a transfusões sanguíneas. E para receber, precisa ter alguém para doar.

E quais são os critérios para um animal ser doador de sangue e ajudar a salvar outras vidas? O principal deles é que ele esteja em boas condições de saúde. Depois disso, é preciso ter entre um e oito anos de idade e testar negativo para as principais doenças infecciosas de cada espécie que podem vir a ser transmitidas pelo sangue.

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Doação de sangue precisa ter acompanhamento do veterinário

Quem vai atestar se o animal está apto a ser um doador, assim como indicar quais casos estão passíveis de transfusão é o médico-veterinário. A avaliação e acompanhamento do profissional são essenciais para garantir o bem-estar do doador e do paciente. “Se o doador for previamente avaliado por um médico-veterinário e ele atestar que o animal está apto a doar sangue os riscos são mínimos”, esclarece a médica-veterinária e presidente da Comissão de Ética, Bioética e Bem-estar Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA), Ilka Gonçalves.

Ela também alerta que os felinos exigem uma atenção mais especial, uma vez que no caso dos gatos existe o risco do estresse da contenção ou da sedação, que deve ser realizada por profissionais capacitados.

Questões como o peso, que deve ser de, no mínimo, 27Kg para cães e de 4kg para gatos, temperamento e o estado físico do animal doador, que deve ter feito um jejum de 12 horas e ter tido um sono de boa qualidade antes do procedimento também devem ser observadas antes da doação.

“A quantidade de sangue doado depende do peso do doador, mas é sempre uma que não provoque efeitos colaterais e por isso, é importante que sejam animais saudáveis. Animais obesos não são bons candidatos à doação, pois podem causar dano à saúde do receptor”, explica a médica-veterinária.

Quais são os riscos do procedimento?

Para o doador, os riscos são mínimos, mas é importante que após a doação o animal fique em observação e não faça atividades físicas por alguns dias. Já o receptor, mesmo com os diversos testes e análises, pode apresentar algumas reações clínicas, que podem ser imunológicas ou não imunológicas, agudas ou tardias (que se manifestam em até 48 horas). Entre as reações mais comuns, estão estado febril, taquicardia, dispneia, aumento da frequência cardíaca e respiratória, salivação e convulsões.

As causas que podem levar um animal a precisar de uma transfusão de sangue vão desde uma hemorragia, uma anemia, problemas de coagulação, reposição de componentes sanguíneos ou até mesmo para normalizar a quantidade de sangue circulante e nesses e em outros casos, o animal transfusionado precisa de um doador compatível. Sim, os animais também possuem fatores sanguíneos diferentes e a transfusão não pode ocorrer indiscriminadamente.

Ilka faz outro alerta importante e que deve ser sempre considerado. “Cada caso é tratado de maneira individualizada e o risco de óbito do animal não é descartado. Por isso, é fundamental que a transfusão seja realizada em uma clínica ou hospital com registro no CRMV e funcionamento vinte e quatro horas, com o acompanhamento de um médico-veterinário que vai monitorar o paciente durante o procedimento e também nas vinte e quatro horas seguintes”.

Fonte: Redação Panorama PetVet

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