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Queda no nível de natalidade faz empresas migrarem para o mercado pet

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Mercado pet

O crescimento do mercado pet é palpável. Nos últimos anos, o setor vem registrando avanços na casa dos dois dígitos. Somando a isso a queda nas taxas de natividade, o resultado é simples: marcas tradicionais do segmento infantil estão migrando para surfar nessa onda. As informações são do Estadão.

Essa mudança de ares é mais do que justificada. A título de comparação, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2018, o Brasil tinha em torno de 35,5 milhões de crianças até 12 anos. Já de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), são 139,3 milhões de animais de estimação nas casas brasileiras.

Além disso, outro ponto atrativo para mercado pet diz respeito ao público alvo. Produtos produzidos para bebês ou crianças costumam ser comprados por consumidores que tem entre 20 e 40 anos, enquanto aqueles destinados a cães e gatos atingem uma base consumidora mais ampla.

Mesmo em momentos de crise, mercado pet se mostrou resiliente

Apesar de o balanço de 2022 ainda não estar consolidado, o setor tem estimativas promissoras para os resultados do ano passado. Entidades apontam um faturamento de aproximadamente R$ 60 milhões, com um crescimento de 16%.

Apesar de 2023, não ter começado com o pé no acelerador, isso não desanimou os empresários do setor. “Não houve um momento em que ele (mercado pet) retrocedeu, mesmo nas piores situações (econômicas)”, comenta o presidente do conselho consultivo do Instituto Pet Brasil (IPB), Nelo Marraccini.

Taxa de natalidade do Brasil está abaixo da média mundial

Enquanto um mercado mostra amplo crescimento e espaço para avanço, outro segue forte, mas não como antigamente. Pelo menos, não no que diz respeito a demanda.

Segundo o Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA), a média de filhos por mulher no Brasil hoje é de 1,7. Esse valor está abaixo da taxa de fecundidade mundial, que fica na casa dos 2,4.

O impacto para o mercado fica ainda mais claro quando se compara com a situação do século passado. Em 1960, essa taxa no país chegou a ser de seis filhos por mulher.

Mercado pet é hipótese para consagrados do segmento

Se hoje em dia as famílias são menores no que diz respeito a humanos, e maiores quando o assunto é pets, as empresas já notaram a tendência e recalibraram a rota.

A Multi (antiga Multilaser), que atua no setor de eletrônicos e também fabrica produtos para bebês, por exemplo, já conta com 300 itens em seu portfólio para o mercado pet, desde coleiras, até alimentadores automáticos.

“Em cinco ou dez anos, o mercado pet vai crescer mais do que o de bebês. O mercado de bebês está mais maduro e o pet ainda tem muito a crescer”, comenta o gerente de produtos para a área de bebês e pets da companhia, Thiago Maniezzo.

E mesmo os consagrados no trato dos pequenos, como a Nestlé, também estão cada vez mais de olho nos peludos. “(A) Purina é o pilar da Nestlé que mais cresce no mundo. No Brasil, há um olhar de aceleração por ser o terceiro maior mercado do mundo para o segmento”, comenta a diretora de marketing da Purina, Julia Valente.

Tem espaço pra todo mundo: outros segmentos também de olho nas quatro patas

Não são só os grandes do setor infantil que veem oportunidades no mercado pet. Gigantes de outros segmentos, como de acessórios e mobiliário, também querem aproveitar esse embalo.

A Sestini, que tem investido em bolsas para o transporte dos animais de estimação, disse que a decisão veio diretamente de pedidos dos consumidores e que esses itens não são “apenas produtos”.

“É importante ressaltar que não são apenas produtos para pets e sim para estreitar a convivência dos pets com seus tutores”, opina a co-CEO da empresa, Regina Schneidewind.

Já a Anjos Colchões & Sofás não só atualizou seu portfólio para produzir mobiliário adaptado para pets, com revestimento mais resistente ou partes removíveis, como também produz itens específicos para eles, como caminhas.

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