Erliquiose, a terrível doença do carrapato

A erliquiose é uma doença infecciosa que afeta muitos animais, inclusive cães de todas as raças, sexo e idade. É causada pela bactéria ehrlichia, transmitida por carrapatos e provoca sintomas que comprometem a saúde animal. Por isso, é importante conhecer os sinais, diagnóstico e tratamento adequado para evitar complicações graves.
A erliquiose canina é considerada uma doença endêmica no Brasil. É transmitida pelo Rhipicephalus sanguineus, conhecido popularmente como carrapato marrom. É uma hemo parasitose na qual o agente infeccioso entra na corrente sanguínea, atingindo os glóbulos brancos (células de defesa) animal.
Erliquiose destrói sistema imunológico do animal
Com o sistema imunológico funcionando mal, o pet fica debilitado e anêmico. Há ainda o risco de sangramento em vários órgãos do corpo e aparecimento de doenças secundárias. A picada de apenas um carrapato contaminado é suficiente para a transmissão da doença. Mas ele precisa ficar fixado na pele do cão durante cerca de seis horas para isso ocorrer.
Os principais sintomas da erliquiose canina são a perda de apetite, letargia, febre, dificuldade para respirar e inchaço dos gânglios linfáticos. Se não for tratada rapidamente, a doença pode causar anemia, convulsões, insuficiência renal e até mesmo a morte. Estes sintomas podem começar de 3 a 4 semanas após a infecção, mas pode demorar até 4 meses para que todos os sinais clínicos apareçam.
Diagnóstico
Para diagnosticar corretamente a erliquiose canina é necessário realizar um exame de sangue. Esse teste mostrará se o cão tem anemia, baixa contagem de glóbulos brancos e/ou baixa contagem de plaquetas. Além disso, o veterinário pode solicitar um exame de urina para verificar a presença de bactérias. Outros testes, como radiografias e ultrassonografia, também podem ser feitos para avaliar a gravidade dos sintomas e descartar outras condições.
Uma vez detectada a doença, o tratamento se faz com antibióticos, podendo, em muitos casos, haver necessidade de transfusão de sangue. O importante é chegar ao diagnóstico o quanto antes para que o tratamento seja mais rápido e eficaz, reduzindo a ocorrência de sequelas. Se a doença chegar à fase crônica pode ocorrer a supressão da medula óssea, afetando a produção de células de defesa do animal
Cuidados
Em gatos, a doença não é tão frequente quanto na canina, mas é considerada emergente e também pode causar óbito. Para prevenir a erliquiose, é necessário adotar medidas tais como:
– Manter uma boa higiene do animal e do ambiente com o uso regular de antiparasitários, recomendados pelo veterinário.
– Inspecionar o pet com frequência para verificar se há carrapatos nas orelhas, base da cauda, entre os dedos, axilas e virilhas
– Verificar a caminha e a casinha do animal, se tiver quintal, pelo menos duas vezes por semana para detectar a presença de carrapatos
– Cuidado ao levar o pet a passeios em praças e parques, locais onde esses parasitas são facilmente encontrados. Eles não são exclusividade de áreas rurais com muito mato e grandes animais
– Se achar um carrapato no peludo, busque ajuda do veterinário para que ele possa ser retirado de forma segura. Se o tutor tentar arrancá-lo com os dedos ou uma pinça há o risco do aparelho bucal do carrapato se desprender e permanecer presa na pele do pet.
– Cosultas rotineiras ao veterinário e manutenção do calendário de vacinação e vermifugação atualizado são medidas importantes para a boa saúde de qualquer animal.