Setembro Vermelho: mês da saúde cardiovascular dos pets
Campanha alerta tutores sobre sinais, cuidados e importância do acompanhamento veterinário


Este mês, também conhecido como Setembro Vermelho, é tradicionalmente dedicado à conscientização sobre as doenças cardiovasculares em humanos. Essa importante iniciativa, no entanto, foi, de forma natural e necessária, abraçada pelos médicos veterinários, que buscam alertar tutores sobre os cuidados com a saúde do coração dos animais de estimação.
A campanha chama a atenção para a prevenção, o diagnóstico precoce e os tratamentos eficazes que podem garantir uma vida mais longa e de melhor qualidade para cães e gatos.
As doenças cardíacas em animais não são raras e, assim como em humanos, podem comprometer seriamente a qualidade e a expectativa de vida deles. O que muitos tutores não sabem é que, embora mais frequentes em pets idosos, os problemas cardíacos podem afetar pets jovens de forma discreta, o que torna a identificação ainda mais desafiadora.
Gerente de produtos pet da Ceva Saúde Animal, Nathalia Fleming reforça a gravidade da situação. “As doenças cardíacas podem ter um desenvolvimento discreto e só manifestar sintomas sérios, como desmaios e língua roxa, quando já estão avançadas.”
Setembro Vermelho: os principais problemas cardíacos em cães e gatos
As manifestações de problemas cardíacos variam entre as espécies e até mesmo entre as raças. Em cães de pequeno porte, por exemplo, a insuficiência da valva mitral é um dos problemas mais comuns. Ela se manifesta com sintomas como tosse e dificuldade respiratória, que muitas vezes são confundidos com simples problemas pulmonares.
Nos cães de grande porte, a cardiomiopatia dilatada é a mais prevalente, podendo levar a fraqueza, desmaios, arritmia e, em casos mais graves, até mesmo à morte súbita. A dirofilariose, mais conhecida como “verme do coração”, também é uma preocupação séria, causada por um parasita que se aloja no coração e nos vasos sanguíneos e que provoca tosse, fraqueza e respiração acelerada.
Já nos felinos, a principal doença é a cardiomiopatia hipertrófica (CMH). É uma doença silenciosa, com diagnóstico frequentemente tardio por conta da ausência de sintomas visíveis nas fases iniciais. O coração do gato com CMH tem a musculatura mais espessa, o que impede uma contração eficiente do órgão. Essa característica torna ainda mais essencial a realização de check-ups periódicos.
A importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento
Como os sinais de doenças cardíacas podem passar despercebidos, o tutor tem um papel importantíssimo na identificação de comportamentos e sintomas que servem de alerta. Sinais como tosse seca, principalmente à noite ou após exercícios, cansaço excessivo, respiração acelerada, apatia e desmaios devem ser encarados como urgências, levando o animal imediatamente para uma avaliação profissional.
A importância dos exames cardiológicos, como o ecocardiograma, não pode ser subestimada. Eles são ferramentas essenciais para um diagnóstico precoce e preciso, permitindo intervenções que garantem mais tempo e qualidade de vida aos pets.
A insuficiência cardíaca congestiva (ICC), por exemplo, é uma das principais causas de morte em cães e gatos. Essa condição ocorre quando o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente, levando ao acúmulo de fluido nos pulmões e em outras partes do corpo. Nesses casos, o tratamento com medicamentos é vital.
Prevenção e qualidade de vida
A campanha do Setembro Vermelho reforça que a saúde do coração dos pets depende de ações simples, porém eficazes:
- Alimentação balanceada e controle de peso;
- Exercícios diários adequados à condição do animal; mais de seis anos.
A iniciativa, alinhada ao Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, reforça a importância de cuidar do coração do pet para garantir que ele tenha mais energia, bem-estar e anos de vida ao lado dos tutores.