Varejo pet eleva para 14,7% projeção de crescimento no ano
O desempenho no primeiro semestre foi determinante para o varejo pet revisar para cima as projeções de crescimento no ano. Segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), o faturamento do setor em 2022 deve chegar a R$ 59,2 bilhões, o que representaria uma alta de 14,7% sobre 2021. A previsão até o primeiro trimestre era de 14%.
Embora o avanço seja inferior aos 27% de aumento registrado em 2021, a evolução do setor segue consistente especialmente por conta do segmento de pet food. A venda de alimentos industrializados deverá fechar 2022 com receita de R$ 33,4 bilhões. Essa atividade responde por 56,4% do faturamento total e lidera o incremento do mercado – 17,6%.
Percentualmente, as outras duas áreas que mais cresceram foram as de serviços veterinários e pet care, que respectivamente avançaram 14,6% e 14,5%. Os impactos da pandemia estimularam a inserção dos bichinhos no cotidiano das famílias e consolidou o país como dono da terceira maior população de pets do mundo.
Evolução do varejo pet e projeção do ano (em R$ bilhões)

A comercialização de animais de estimação diretamente dos criadores vem em segundo lugar, com projeção de movimentar R$ 6,2 bilhões. Em terceiro está a venda de medicamentos veterinários, que representam o segmento pet vet, com R$ 5,8 bi.
Faturamento por segmento (em R$ bilhões e %)

Fonte: Instituto Pet Brasil
Segundo o presidente do Conselho Consultivo do IPB, Nelo Marraccini, a expectativa é de aquecimento ainda maior no segundo semestre. “Tivemos um semestre homogêneo. Nesta segunda metade do ano, a expectativa é de aceleração, uma vez que há previsão de melhoria tanto para a inflação quanto para o Produto Interno Bruto no país”, afirma.
“O mercado pet conseguiu contornar as turbulências da pandemia reforçando a produção eminentemente nacional, o que nos torna menos reféns das oscilações internacionais. A ampla capilaridade da rede varejista, que rapidamente adequou suas modalidades de entrega ao contexto de isolamento social, também foi um fator determinante”, acrescenta o dirigente.
Fonte: Panorama PetVet