Tutores investem cada vez mais em seus pets, diz Serasa

Tutores investem cada vez mais em seus animais de estimação no Brasil. Um levantamento inédito da Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, revela que 65% dos tutores estão dispostos a gastar o que for preciso para garantir a saúde e o bem-estar de seus pets. Entre eles, 52% já priorizaram despesas com os animais em detrimento de outras necessidades pessoais.

Com média de 1,8 pet por residência, segundo o IBGE, os animais de estimação são, para muitos brasileiros, parte integral da família. E os números mostram que isso se reflete diretamente no orçamento. 56% dos tutores gastam até R$ 300 por mês com os bichinhos, enquanto 31% destinam entre 6% e 10% da renda familiar para os cuidados com os pets.

“Os tutores enxergam os animais como parte essencial de suas vidas e não medem esforços para garantir bem-estar, saúde e qualidade de vida”, afirma o estudo.

Mercado pet segue em expansão

O comportamento dos tutores mantém o mercado pet brasileiro em crescimento. Em 2024, o setor faturou R$ 75,4 bilhões, segundo a Abinpet, um aumento de 9,6% em relação a 2023. Apesar de ser o menor crescimento em anos recentes, o desempenho reforça a importância econômica do segmento.

A maior fatia das vendas ainda é dos alimentos industrializados, com R$ 40,8 bilhões, seguida de animais por criadores (R$ 8,1 bilhões), produtos veterinários (R$ 7,8 bilhões) e serviços veterinários (R$ 7,7 bilhões).

Mas o setor enfrenta desafios, especialmente a alta tributação, que chega a cerca de 50%, muito acima da média mundial de 18%. A recente reforma tributária não incluiu o mercado pet nas isenções parciais, mantendo a pressão sobre preços e competitividade.

Benefícios emocionais pesam mais que os custos

Além da dimensão econômica, a pesquisa confirma o impacto emocional dos pets na vida dos tutores. 89% afirmam que os animais melhoraram o bem-estar emocional, enquanto 92% dizem que a presença dos pets ajuda a reduzir solidão e estresse.

O levantamento também mostra diferentes formas de adoção: 39% adotaram, 32% resgataram de abandono e 27% receberam o animal de presente.