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PFI conecta indústria de ração dos EUA com mercado pet

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indústria de ração
Leonardo Silveira, representante do PFI no Brasil: terceiro maior
faturamento do mundo foi um dos estímulos para atuar no país
Foto: Divulgação

A indústria de ração dos Estados Unidos conta com um apoio relevante para se conectar com o mercado pet brasileiro. Desde outubro de 2022 com representação no país, o Pet Food Institute (PFI) é uma organização sem fins lucrativos que atua para estimular o segmento de nutrição animal e a importação de insumos para alimentos.

Criada em 1958 e com base em Washington (EUA), a entidade reúne 21 fabricantes de rações e congrega mais 29 afiliados – entre varejistas, farmacêuticas e outras associações norte-americanas do segmento de animais de companhia.

O potencial de um mercado que é o terceiro do mundo em faturamento foi um dos motores que incentivaram o início da representação no Brasil. A entidade já esteve presente na América do Sul com uma representação na Colômbia.

“Para uma associação de comércio norte-americana entrar em um novo país, ela realiza estudos de mercado e levanta dados que apontam todos os potenciais do país em questão”, explica Leonardo Silveira, da River Global, representante do Pet Food Institute no Brasil.

Indústria de ração aposta em pulverização do varejo pet

Segundo ele, o mercado pet brasileiro tem uma estrutura ampla de varejos independentes em um mercado pulverizado que ainda está em processo de maturação. “Essas características tornam esse mercado potencial para a promoção das rações, petiscos e ingredientes originários dos Estados Unidos”, acrescenta.

O PFI também tem como objetivo instruir o consumidor final sobre a importância de usar ração de qualidade, apoiar os players do mercado em se conectar com fornecedores americanos, além de divulgar informação relevante e acessível sobre saúde e alimentação de pets.

Pet Food Institute tem apoio do governo dos EUA

Os membros do PFI representam mais de 90% da produção norte-americana de nutrição animal. Parte dos subsídios para manutenção da entidade, coleta de dados de mercado e apoio técnico vem dos associados. O restante é proveniente de financiamento público do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), por meio de um programa de apoio a exportações.

“Em 2018, os Estados Unidos exportaram US$ 1,5 bilhão em alimentação animal no mundo, o que equivale a 700 mil toneladas de ração. Em 2022 esse número saltou para quase US$ 2,5 bilhões e 950 mil toneladas. Os Estados Unidos estão entre as três principais origens da ração importada pelo Brasil”, ressalta Silveira.

Apesar de a indústria brasileira produzir uma ração de qualidade, boa parte do abastecimento nacional é complementada pela importação dos Estados Unidos. “Em 2021, foram cerca de US$ 900 mil de produtos importados. Já em 2022 foi contabilizado R$ 1,9 milhão. E entre janeiro e setembro deste ano, as importações do Brasil com origem dos Estados Unidos já ultrapassaram US$ 1,9 milhão em produtos de nutrição animal”, acrescenta.

Campanhas educativas

Entre as ações que o PFI planeja fazer ainda este ano está um seminário técnico no dia 24 de outubro, em São Paulo, que tem o objetivo de orientar o setor sobre a importação de pet food, desmistificando o processo. “Também conversamos individualmente com varejistas, distribuidores e fabricantes que estejam buscando um produto pet nos Estados Unidos, fornecendo apoio gratuito para a conexão com os fornecedores norte-americanos”, explica.

Até o fim do ano a entidade também pretende trabalhar com informações para o trade, incluindo indústria, distribuidoras, pet shops e clínicas veterinárias, com materiais informativos sobre os alimentação animal e saúde do pet. Outra ação voltada para os tutores é a campanha de adoção, cuja intenção é realizar nos próximos meses.

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