Micoproteína no pet food deve passar de US$ 1,12 bilhão até 2033
Ingrediente alternativo cresce impulsionado por sustentabilidade, nutrição funcional e humanização dos pets
Ingrediente alternativo cresce impulsionado por sustentabilidade, nutrição funcional e humanização dos pets
por Juliana de Caprio em
O mercado global de micoproteína para alimentação de cães e gatos deve registrar crescimento expressivo na próxima década. Segundo relatório da consultoria Research Intelo, o segmento foi avaliado em US$ 420 milhões em 2024 e tem projeção de alcançar US$ 1,12 bilhão até 2033, o que representa uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 11,2%.
A expansão é impulsionada pela busca da indústria e dos tutores por fontes proteicas sustentáveis, com bom perfil nutricional e adequadas a pets com sensibilidades alimentares. O movimento reflete uma mudança estrutural no mercado de pet food, cada vez mais atento à saúde animal e ao impacto ambiental da cadeia produtiva.
Produzida por meio de processos de fermentação, a micoproteína se destaca pelo alto teor proteico, baixo conteúdo de gordura e ausência de colesterol. Essas características tornam o ingrediente atrativo para dietas voltadas à digestibilidade, ao equilíbrio nutricional e à redução da pegada de carbono quando comparada às proteínas de origem animal tradicional.
O relatório aponta que a crescente preocupação com os impactos ambientais da produção de carne tem pressionado a indústria de pet food a diversificar suas fontes proteicas. Nesse contexto, a micoproteína surge como alternativa estratégica, alinhada às metas de sustentabilidade e inovação do setor.
Outro vetor de crescimento é a humanização dos pets, tendência que leva tutores a buscarem alimentos para cães e gatos semelhantes aos que consomem, priorizando ingredientes funcionais, nutritivos e sustentáveis. Esse comportamento favorece a aceitação da micoproteína como insumo compatível com novas exigências do mercado.
Apesar das perspectivas positivas, o estudo destaca desafios como custos de produção ainda elevados e baixo nível de conhecimento do consumidor em algumas regiões. Além disso, a aplicação da micoproteína exige formulações criteriosas para garantir o atendimento completo das necessidades nutricionais dos pets.
Avanços tecnológicos em fermentação e bioprocessamento, no entanto, vêm reduzindo essas barreiras ao ampliar a eficiência produtiva e a retenção de nutrientes, reforçando o potencial da micoproteína como alternativa viável e estratégica para a indústria global de pet food.
Estudante de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, produz notícias do setor e para as seções Lançamentos e Vaivém.
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