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Mercado pet torna-se ponto de encontro para varejistas

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Mercado pet

O que Fast Shop, Grupo Boticário e Melissa têm em comum? Todas as varejistas anunciaram investimentos no mercado pet recentemente, consolidando o setor como bola da vez para diferentes empresas.

Segundo especialistas consultados pelo Invest News, muitos são os fatores que levam companhias maduras no mercado a investir no setor animal. Entre eles estão a humanização dos pets, uma maior atenção às demandas do consumidor e também um canal aquecido e em pleno desenvolvimento.

Para se ter uma ideia, as empresas citadas no primeiro parágrafo ampliaram sua oferta de produtos para pets ou estrearam no setor apenas entre os meses de setembro e outubro.

Todos os olhos no mercado pet 

No caso da Fast Shop, a empresa do ramo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos já tinha um portfólio de produtos para o mercado pet, mas decidiu ampliar a oferta nos últimos meses.

Grupo Boticário, do setor de beleza, e Melissa, do mercado de calçados, resolveram estrear no canal lançando produtos para animais de estimação. Outro exemplo é a indústria têxtil Reserva. Diferentemente das demais, a marca de roupas aliou-se a uma veterana do mercado, a Petlove, para lançar uma linha focada nos animais de estimação.

Tamanho do mercado ganha atenção das varejistas

Para o especialista em transformação de negócios, Sandro Magaldi, o tamanho do mercado pet e seu potencial de crescimento atraem empreendedores de outros setores.

Além disso, ele aponta que as companhias, hoje, têm um olhar mais abrangente daquilo que o consumidor deseja. “A inovação emerge, justamente, no entendimento de que esse cliente tem outras demandas que podem ser atendidas de forma superior”, afirma.

Por sua vez, a professora de marketing e comportamento do consumidor da Universidade Presbiteriana Mackenzie de Campinas, Mariana Munis, aponta outros dois motores – a humanização dos pets e a maturidade das empresas em questão.

Segundo ela, a humanização dos pets é uma tendência que tem furado a bolha do mercado especializado. “De acordo com pesquisa da Opinion Box, 70% dos entrevistados afirmaram que seus animais de estimação são como filhos para eles”, apontou a professora.

“As empresas se encontram em um estágio de maturidade, momento no qual já possuem um faturamento mais estável, mas param de crescer financeiramente. Logo, efetuar extensão de linha de produtos é algo que pode ajudar as marcas a crescerem sustentavelmente”, completa.

Mercado de bilhões 

Os números explicam a aposta de tantas empresas no mercado pet. De acordo com a Abinpet, o mercado a nível mundial já é avaliado em US$ 145,2 bilhões (R$ 710,8 bilhões).

O montante bilionário é resultado de um crescimento de 3,2% em 2022 quando comparado com o ano anterior. Apesar dos novos players, a expectativa é de um crescimento mais tímido neste ano.

O grande líder no mercado, quando o assunto é faturamento, é os Estados Unidos, com 43,7% do total. Na sequência vem a China, com 8,7%. O Brasil figura com 4,85% do montante.

Trazendo apenas para a realidade brasileira, o Instituto Pet Brasil estima um crescimento de 13,6% no faturamento do setor em 2023, atingindo R$ 68,4 bilhões até o fim do ano.

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