Uma das principais dores dos tutores de pets idosos é saber que, infelizmente, a jornada ao lado dos filhos peludos está próxima do fim. Mas um medicamento veterinário surge como esperança de convivências mais longas. As informações são do Olhar Digital.
Com previsão de lançamento apenas para 2026, o LOY, um remédio produzido pela empresa de biotecnologia Loyal, já recebeu o aval da FDA, mas ainda segue em estudos.
O fármaco em questão atua retardando o envelhecimento dos animais de estimação, tornando, por consequência, suas vidas mais duradouras.
Medicamento para pets idosos entrou em nova fase de testes
No começo do mês, o medicamento veterinário entrou em uma nova fase de testes. Inicialmente, ele é indicado para cães de porte mais avantajado (LOY-001), que costumam ter uma vida menos longeva do que os pequenos.
Agora, nessa nova rodada de pesquisas, serão analisados os efeitos do remédio nos cães de menor porte (LOY-002). O estudo conta com mais de mil voluntários para esta fase.
Além de serem de porte médio ou pequeno, os voluntários peludos precisam ter mais de dez anos, ou seja, serem pets idosos. Já da parte dos tutores, é necessário o comprometimento de participar do estudo por até quatro anos.
Como o medicamento veterinário funciona?
Com o objetivo de prolongar a vida de pets idosos, o medicamento atua retardando o envelhecimento por meio do controle do hormônio IGF-1, que é o responsável pelo crescimento celular.
Reduzindo a expansão desse hormônio, os pesquisadores conseguiram tornar a vida dos animais de estimação mais longa e saudável. De acordo com Celine Halioua, fundadora e executiva-chefe da Loyal, o medicamento pode prolongar a vida de cães por pelo menos um ano.
Com uma pílula diária, o medicamento poderá ser ministrado por via oral, o que barateia sua produção e distribuição e, por consequência, seu custo aos tutores.
Parceria com farmacêutica acelerou o processo
Para obter acesso veterinário exclusivo a um composto usado no tratamento de acromegalia em humanos, a Loyal fechou uma parceria com a farmacêutica Crinetics.
O composto em questão foi o CRN01941, que, sob o comando da startup, foi renomeado para LOY-003.
Enquanto a Loyal estuda o composto em pets, os resultados são compartilhados com a Crinetics, que acredita que tais dados podem auxiliá-la no desenvolvimento de terapias humanas.
“Esta parceria representa a primeira validação externa da nossa tese desde o primeiro dia de que os medicamentos para o envelhecimento dos cães são um passo fundamental para a compreensão do envelhecimento humano”, afirma Celine.
Mercado já é bilionário
Mesmo sem uma pílula salvadora para dar mais anos de vida aos pets idosos, o mercado de medicamentos veterinários já movimenta a cifra do bilhão. A expectativa para o ano passado, por exemplo, era de US$ 30 bilhões.
A chegada a tal patamar significaria um avanço de 6,2% na comparação anual com 2022. Quem destacou tal possibilidade foi a The Busines Research Company.
Olhando para 2027, o que coincide com um ano depois do medicamento da Loyal entrar no mercado, o setor chegaria aos US$ 37,12 bilhões. Mas a terapia inovadora não seria o motivo de tal avanço.
De acordo com o relatório, o principal motor seria uma maior prevalência de doenças entre os pets. Aquela doença que se tornou mais comum entre eles foi o diabetes.