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De olho nos ‘pais de pet’, marca aposta em snacks que imitam coxinha, bolo de brigadeiro e até strogonoff

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O doutor em nutrição animal Gustavo Del Claro já tinha uma veia empreendedora durante sua carreira acadêmica, quando vendia pães de mel e outros doces feitos por sua mãe na faculdade. Em um momento de dificuldade financeira, em 2011, ele começou a criar protótipos de snacks para cães, em Pirassununga (SP). Foi o primeiro passo para a criação da Petitos, marca especializada em petiscos que lembram comidas humanas.

“No começo, eu desenvolvi os bifinhos em uma máquina de macarrão caseira e um forno de pizza. A produção do mês naquela época é a produção de uma hora da empresa hoje”, conta o empresário. A marca hoje conta com 154 funcionários e produz em sete galpões. O mais novo lançamento, anunciado nesta quarta (17/8), é a ​”Festa na Caixa”, que inclui bolo, beijinhos, coxinhas e mini churros, todos produzidos especialmente para os cachorros.

“Cachorros não podem comer chocolate, então nossos produtos são feitos com alfarroba”, conta Gustavo sobre a adaptação. Todos têm como base a carne, que é o ingrediente principal na nutrição dos pets, segundo o empresário.

A Petitos tem como sócia a esposa de Gustavo, Fernanda Lunardi. Eles contrataram quatro funcionários para atuar na produção no começo, em 2011. Na época, o mercado de nutrição animal tinha espaço para as inovações que o empresário criaria.

“Em 2011, o snack tradicional para cachorros era um palitinho de couro, que não era muito bom nutricionalmente. Eu via que aquilo diminuiria e seria substituído por um snack mais nutritivo à base de carne”, diz Del Claro.

A ideia de criar alimentos que lembram os lanches humanos surgiu ao longo do tempo. “Um dia, eu estava comendo uma coxinha deliciosa e nossos cachorros estavam loucos para comer. Eu disse à minha esposa: ‘Segunda-feira eu crio uma coxinha para eles'”, relembra o empresário.

Hoje, a Petitos produz kibe, sushi, pão de queijo, pizza e strogonoff para cachorros. “O strogonoff, inclusive, é um alimento completo, pode ser dado em substituição à ração em alguns casos. Já os snacks não devem ser oferecidos à vontade, para não gerar obesidade”, explica.

Sobre a criação do bolo, o empresário conta que o produto era muito pedido pelos clientes que comemoram o aniversário dos pets. “O bolo é à base de carne e fígado. Ele é esterilizado por pressão e temperatura e gelatiniza, ganhando aspecto de bolo. O kit aniversário vai com acessórios de festa e a caixa vira um cenário”, explica.

Nesse contexto, Gustavo Del Claro está atento à tendência de humanização dos animais de estimação, que são tratados como filhos por seus donos. “Estamos nas grandes redes de pet shop, como Petz e Cobasi, e o consumidor não está ali simplesmente para comprar a ração do cachorro, mas para uma experiência diversificada. Houve um salto nas compras de produtos especializados na pandemia, seja porque as pessoas convivem mais com os animais, seja por terem adotado mais”, analisa.

Segundo Del Claro, a tendência da alimentação saudável também se aplica a esse mercado. Ele cita como exemplo duas linhas lançadas pela Petitos: a Joy, que sai por R$ 3,50, e o Origem Natural, que custa R$ 8,50. “A linha natural tem mais que o dobro de vendas. O consumidor quer dar o melhor para o ‘filho’ dele, e não se incomoda de gastar um tíquete maior no snack, diferentemente da ração, por exemplo”, diz.

Em 2020, a Petitos registrou 40% de crescimento. No ano seguinte, o faturamento aumentou 50% e, para 2022, é esperado um crescimento de 35%. “Nosso grande desafio para o ano que vem é partir para a exportação. Já temos projeto de vendas para três países”, conta o empresário.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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