ABHV quer chegar a 400 hospitais veterinários associados

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hospitais veterinários

A Associação Brasileira dos Hospitais Veterinários (ABHV) prevê atuar em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal até o fim do ano, chegando a 400 associados. Já consolidada no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, a entidade quer expandir presença no Norte-Nordeste e aposta na capacitação como estratégia para profissionalizar o setor.

Atualmente, 350 empresas estão afiliadas à associação em 25 unidades da Federação, incluindo hospitais, clínicas veterinárias e centro de diagnósticos. Nascida pouco antes da pandemia da Covid-19, a ABHV desempenhou um papel fundamental na manutenção dos estabelecimentos abertos como serviços essenciais. Foi um episódio que demonstrou a união da entidade na luta pelo fortalecimento do setor.

“Movimentamos todas as nossas diretorias regionais, juntamente com os Conselhos de Medicina Veterinária de cada estado. O profissional da área também é um participante do modelo de saúde única apregoado pela OMS e os hospitais e clínicas não poderiam fechar até para evitar risco de zoonoses”, explica Marcelus Sanson, vice-presidente da ABHV, em entrevista exclusiva ao Panorama PetVet.

O próximo grande passo da entidade é começar a levantar dados e indicadores a fim de obter um panorama detalhado e aprofundado do segmento. “Estamos buscando recursos para concluir o projeto de criação do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD), o permitiria coletar dados consistentes do mercado, que contribuam para a melhoria de performance e gestão de todos os afiliados”, acrescenta o executivo.

O balanço de 2022 divulgado pelo Instituto Pet Brasil (IPB), com base no desempenho mercado pet até 31 de dezembro, aponta que o faturamento do setor cresceu 16,4% em 2022, chegando a R$ 60,2 bilhões. “Desse total, o segmento de serviços veterinários representa 9,4% do faturamento – R$ 5,6 bilhões. Nos Estados Unidos, nossa atividade representa 30% do faturamento total, o que mostra um caminho grande a ser explorado para aumentar essa fatia de mercado e, consequentemente, gerar mais empregos”, ressalta.

Hospitais veterinários contam com plataforma educacional

Um dos objetivos da ABHV é ampliar a conscientização dos gestores de hospitais veterinários para sua função de empreendedor, o que envolve uma melhor compreensão de processos e padronização dos serviços. Para isso, a entidade investe na educação como ferramenta contínua de aprimoramento, principalmente em seus dois eventos realizados anualmente.

Um deles é a Pet Vet Expo, que ocorrerá de 16 a 18 de agosto no São Paulo Expo, como parte da Pet South América. O evento mobiliza mais de 7 mil visitantes na feira e 800 participantes no congresso, além de 60 expositores, 46 palestrantes e 20 horas de conteúdo para aprimoramento do médico veterinário.

Já a Convenção dos Afiliados da ABHV será realizada de 26 a 28 de outubro, em Campinas (SP), e contará com a participação de Garth Jordan, CEO da American Animal Hospital Association (AAHA) – entidade similar com 90 anos de atuação nos Estados Unidos. “Estivemos lá em janeiro e queremos apresentar esse caso de sucesso aos nossos associados”, afirma Sanson.

Ao longo do ano, estão previstos outros 25 encontros regionais, reunindo cerca de 30 a 50 proprietários de clínicas, hospitais e centros de diagnósticos em todas as regiões do país. A associação também oferece condições especiais para participação no Programa de Apoio ao Veterinário Empreendedor (PAVE), que disponibiliza assistência financeira, psicológica, jurídica, gestão médica e organizacional.

Lutas e bandeiras

Entre as lutas da entidade está a valorização da medicina veterinária. “Hoje existem mais de 550 faculdades de veterinária no Brasil. Há uma grande oferta de profissionais, às vezes com pouca qualificação”, alerta o executivo. Sanson também acrescenta o Revalida, a necessidade de implementar um Exame da Ordem e a melhoria no Marco Regulatório da Internet nas questões de propaganda e marketing como outros temas prioritários.

Mas é na redução da carga tributária que a ABHV também finca sua bandeira. “Pensamos em propor algumas ações como disponibilizar determinados números de atendimento, cirurgias e internações para a população carente por meio da redução de impostos como o ISS. Devolveríamos essa contrapartida para a sociedade sem que os governos necessitem investir em estruturas físicas para a construção de hospitais públicos, podendo usufruir de uma rede privada completa, de qualidade e eficiente”, finaliza.

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