Petlove quer assumir lojas da Petz e Cobasi
Empresa apresenta-se ao Cade como compradora natural caso a fusão obrigue as redes a se desfazer de unidades
A Petlove enviou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um pedido formal para comprar os ativos que, eventualmente, Petz e Cobasi terão que abrir mão caso a fusão seja aprovada com exigências de venda de unidades. A petição foi apresentada nesta segunda-feira, 8 de dezembro, às vésperas do julgamento marcado para hoje, 10 de dezembro.
No pedido, a Petlove argumenta que é “a candidata natural” para assumir eventuais lojas ou operações. A empresa afirma possuir porte, presença nacional, capacidade financeira e experiência omnichannel suficientes para manter a rivalidade no setor, ponto considerado essencial pelo Cade para reduzir riscos concorrenciais.
Petlove muda de postura durante o processo
Inicialmente, a Petlove defendia a reprovação total da fusão, alegando que a união entre as duas maiores varejistas do setor criaria uma concentração excessiva no mercado pet.
Agora, a empresa adota um tom mais objetivo. Destaca que, se a fusão for inevitável, deve acontecer com remédios claros –, o que inclui a transferência de ativos para um concorrente forte e já estabelecido.
De acordo com informações do InfoMoney, além de reforçar sua presença nacional e liderança nas vendas digitais, a Petlove também aponta que tem condições de absorver rapidamente operações físicas, mantendo eficiência e competitividade. A empresa destaca que seu faturamento é quase cinco vezes maior do que as demais redes do mercado, incluindo Petcamp, Petland e American Pet.
“Trata-se, portanto, da única empresa que, embora em grau incomparavelmente menor que as requerentes, possui atuação nacional relevante por meio do mercado online, reconhecimento de marca e estratégia omnicanal“, defendeu a terceira interessada no negócio.
A fusão entre Petz e Cobasi é uma das maiores já analisadas no varejo pet brasileiro e está em avaliação pelo Cade há meses. A Superintendência-Geral recomendou a aprovação com remédios, mas a decisão final cabe ao Tribunal do órgão.