Petlove inaugura 1ª loja fora do estado de São Paulo
Chegada a Chapecó posiciona a rede em um polo estratégico do mercado pet da região Sul
A Petlove inaugurou, no último sábado, dia 27, sua primeira operação física fora do estado de São Paulo. Localizada em Chapecó (SC), a unidade representa a 15ª loja da rede e marca o início da expansão da varejista para além de seu mercado de origem.
Com 311 m², a loja foi projetada no mesmo conceito arquitetônico aplicado às demais operações da companhia, que mescla experiência boutique e circulação livre para pets, integrando o ambiente físico com a proposta digital da marca. A unidade disponibiliza portfólio completo em pet food, petiscos, medicamentos, acessórios e brinquedos para cães e gatos, e de serviços de banho e tosa e atendimento médico veterinário.
O modelo também incorpora a estratégia phygital da empresa, permitindo a retirada de compras feitas online no ponto físico, além da contratação de planos de saúde para animais de estimação diretamente na loja.
Segundo dados mais atualizados do Instituto Pet Brasil (IPB), a região Sul concentra 17,6% da população nacional de cães e gatos, o que posiciona Santa Catarina como mercado estratégico para a terceira maior varejista do setor.
Para Thaisa Canhetti, diretora de varejo físico da Petlove, a chegada a Chapecó amplia a conexão da marca com um polo regional de consumo relevante. Já a CEO Talita Lacerda diz que a operação reforça o objetivo de consolidar a Petlove como referência nacional no varejo especializado. “Esse movimento nos aproxima de novas regiões e reforça nosso compromisso em oferecer soluções integradas de saúde, produtos e serviços com padrão de excelência”, afirma.
Atualmente, além de Chapecó, a rede opera unidades físicas na capital paulista, Santo André, Ribeirão Preto e Santos.
A Petlove, cuja operação iniciou no ambiente digital, registrou faturamento de R$ 1,75 bilhão no e-commerce de produtos pet em 2024. Já a fusão entre Petz e Cobasi, suas principais concorrentes, tem potencial para criar uma companhia com receita próxima a R$ 7 bi. Juntas, as varejistas lideradas por Sergio Zimerman e Paulo Nassar concentram 11% do mercado, o que demonstra que esse setor ainda tem muito que crescer.
Em declaração ao Panorama PetVet, Talita Lacerda reforçou que a operação será a mais nociva para o setor. “O resultado disso é que os tutores só terão uma alternativa de consumo, sem liberdade de escolha”, disse. Na avaliação da executiva, o cenário é propício para o aumento de preços, obrigando os consumidores a retirar itens da cesta de compras, reduzindo o cuidado com os pets e o poder econômico dos brasileiros. Ela ressaltou ainda que a probabilidade de um pequeno pet shop quebrar cresce 35% quando uma loja da Petz ou da Cobasi é inaugurada na região. “Com a união das duas companhias, esse impacto tende a se intensificar, inviabilizando a competição.”