Novos modelos de loja da Petland devem compor 60% das aberturas
Estratégia da rede de pet shops é fidelizar tutores


Novos modelos de loja da Petland estão sendo lançados para competir com as gigantes do setor, que concentram esforços em megastores e produtos. A previsão é que, juntas, essas frentes respondam por 60% das aberturas até 2026.
Como motor de crescimento, a empresa aposta agora ainda mais em serviços, com um modelo focado exclusivamente em banho, tosa e atendimento veterinário preventivo; e outro voltado a oferecer serviços dentro de pet shops de bairro já existentes. O CEO Rodrigo Albuquerque afirma preferir investir, além de serviços, em experiência e relacionamento com clientes, e não “brigar por preço de ração”.
Pensado para ser o carro-chefe dessa nova fase, o Petland Studio pede investimento inicial a partir de R$ 140 mil. Como o próprio nome já diz, a loja é compacta e conta com operação enxuta, com potencial de mil banhos por mês e R$ 100 mil em serviços.
A rede de cafeterias Starbucks foi usada como referência para criar o novo modelo. A loja vai oferecer um espaço de espera para os tutores, onde as pessoas podem passar tempo, até mesmo trabalhar enquanto aguardam o pet ficar pronto. A ideia não é só oferecer banho e tosa para cães e gatos, mas também serviços mais refinados como musicoterapia, ofurô e experiências premium.
Por sua vez, o Banho By Petland foi criado para atender pet shops que já operam em seus bairros e precisam se diferenciar para continuar crescendo. Com investimento a partir de R$ 20 mil, o formato oferece não só a marca, mas também o CRM e a tecnologia da Petland, além de reduzir custos na compra de insumos.
Com o novo plano, a Petland quer consolidar-se como referência em serviços no setor e alcançar maior potencial de fidelização. A rede já soma 150 unidades em mais de 80 municípios de 18 estados brasileiros, sendo apenas quatro próprias. Em torno de 70 lojas nasceram a partir de pet shops independentes.
A Petland mantém crescimento médio anual de 23%, número superior ao de anos anteriores, segundo o executivo. Albuquerque afirma que a expectativa é que, depois da fusão entre Petz e Cobasi, o próximo ciclo de expansão do setor seja puxado por lojas menores e de bairro. Nesse segmento, a Petland já está posicionada.
Cade adia análise sobre fusão da Petz e Cobasi
Conforme o Panorama PetVet noticiou no dia 29 de agosto, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu prorrogar o prazo de análise da união entre as duas maiores varejistas pet do país. O prazo foi estendido por mais 90 dias e, em vez de encerrar-se em 3 de outubro, a decisão ficou para o final do ano.
O relator, conselheiro José Levi Mello do Amaral Júnior, justificou a extensão do prazo pela complexidade do caso. Como próximos passos, o órgão poderá solicitar informações adicionais às empresas envolvidas e a terceiros, além de aprofundar estudos econômicos.
Se a operação não receber o aval do antitruste, as mega stores vão permanecer como estão. “As empresas continuam atuando de maneira totalmente independente, como concorrentes, e vamos buscar outras formas de crescer, com viés mais orgânico”, disse Aline Penna, CFO da Petz, ao Suno.